NO SENADO

"Braskem tenta transformar tragédia em negócio imobiliário", diz depoente

Presidente de associação, Alexandre Sampaio fez denúncia na CPI
Por Redação 09/04/2024 - 09:44

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A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Braskem recebe hoje, 9, representantes de associações de vítimas do desastre ambiental em Maceió, além do ex-procurador-geral de Alagoas, Francisco Malaquias de Almeida Júnior. 

A investigação visa esclarecer os impactos e desdobramentos do incidente que afetou mais de 200 mil pessoas em 15 bairros da cidade.

O primeiro a prestar depoimento foi Alexandre Sampaio, presidente da Associação dos Empreendedores e Vítimas da Mineração em Maceió. 

Sampaio denunciou um suposto esquema em que a Braskem estaria planejando transformar os bairros devastados em um grande empreendimento residencial, visando lucrar com a tragédia.

De acordo com Sampaio, o modus operandi da empresa seria baseado nos contratos firmados com os antigos moradores das áreas afetadas. 

"É a tentativa de transformar o maior crime socioambiental do mundo em um negócio imobiliário mais lucrativo do planeta", ressaltou o presidente da associação durante seu depoimento.

Essa suspeita já foi tema de debate na Assembleia Legislativa em Alagoas. Em março do ano passado, o então deputado Galba Novaes (MDB), hoje suplente, não mediu palavras ao falar da empresa no plenário. 

Segundo o parlamentar, a empresa possivelmente pretende construir condomínios em área afetada pela mineração. "Suspeito de que lá farão um grande loteamento", avisou, afirmando que a Braskem comprou "a preço de banana" uma região nobre".


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