CRIME
Polícia indicia falsa médica por exercício ilegal da profissão em Maceió
Helenedja Oliveira chegou a ser detida, mas foi liberada e irá responder ao processo em liberdadeA Polícia Civil de Alagoas (PC/AL) indiciou por exercício ilegal da medicina uma mulher que atuava como nutróloga há nove anos em Maceió. A delegada Luci Mônica, responsável pela investigação, confirmou nesta quarta-feira, 17, que encaminhou o inquérito policial à Justiça.
A falsa médica, identificada como Helenadja Rodrigues de Oliveira, de 44 anos, utilizava apenas as iniciais “H. O.” em seus atendimentos e já exercia a função de nutróloga em Maceió há 9 anos. Ela fazia atendimentos em um centro médico localizado no bairro da Jatiúca e cobrava R$450 por consulta.
Ela contou à polícia que havia se formado em medicina no Rio Grande do Sul, estado em que possui registro profissional, mas não apresentou nenhum documento que pudesse comprovar que de fato poderia atuar como médica.
"Cheguei a pedir diploma. Cheguei a pedir foto. Chegou uma hora que eu não tinha mais o que pedir e disse 'me mostre uma foto da formatura, qualquer coisa que prove que a senhora de fato é médica. Ela não tinha absolutamente nada para provar", disse a delegada Luci Mônica.
A prisão de Helenadja aconteceu após denúncia do exercício ilegal da profissão pelo Cremal. O consultório onde recebia pacientes foi fechado pela polícia.
"Em suas redes sociais, [a mulher] dava dicas de emagrecimento saudável e diversas doenças. No consultório foram apreendidos receituários, carimbo e solicitações de exames, a suposta falsa médica cometia o crime pelo menos há um ano", informou o Conselho Regional de Medicina de Alagoas (Cremal).
Segundo a polícia, a mulher utilizava um número de registro do CRM falso e se fazia passar por especialista na área de nutrologia. Depois de dar seu depoimento à polícia, foi liberada e assinou um Termo Circunstanciado de Ocorrência. A falsa médica será indiciada e responderá em liberdade.
A polícia informou ainda que a suposta formação é falsa. Em nota, o Cremal informou que a mulher não tinha nenhum registro ou inscrição como profissional de medicina no país.
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