Operação Maligno

Advogado é apontado como líder de quadrilha de desvios de recursos públicos

Esquema envolvia a criação de cooperativas fictícias que ofereciam serviços às prefeituras
Por Redação 17/05/2024 - 10:00

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Assessoria
Operação do Ministério Público de Alagoas desarticula Orcrim
Operação do Ministério Público de Alagoas desarticula Orcrim

Realizada na quinta-feira, 16, a Operação Maligno, coordenada pelo Ministério Público de Alagoas (MP-AL), desarticulou um esquema de corrupção que desviou mais de R$ 200 milhões dos cofres públicos. O líder identificado como Frederico Benigno Simões, conhecido como Fred Simões, é apontado como o cérebro por trás da organização criminosa que operava em 20 municípios alagoanos. 

A informação é do próprio Ministério Público, que realizou na manhã de hoje, 17, uma coletiva de imprensa para dar mais detalhes sobre a operação. O esquema envolvia contratos fraudulentos firmados com cooperativas fictícias que ofereciam uma variedade de serviços à administração pública.

Segundo as investigações, Fred Simões se apresentava nas redes sociais como advogado, empreendedor e visionário, mas sua verdadeira atividade era liderar a rede criminosa. Além de seus negócios legítimos, como um hotel fazenda na Bahia, ele também se envolveu em transações suspeitas, como a compra de um carro de luxo, um Porsche, anteriormente pertencente ao ex-jogador Daniel Alves.

A esposa de Fred, Hianne Maria da Costa Pinto, foi presa junto com outros membros da organização, incluindo Alisson Barbosa Freitas, apontado como o "testa de ferro" do advogado. A operação resultou na apreensão de uma grande quantia em dinheiro, além de veículos de luxo e até mesmo a determinação de bloqueio de bens no valor de R$ 46 milhões.

O esquema envolvia a criação de cooperativas fictícias que ofereciam serviços variados, desde coleta de resíduos sólidos até contratação de profissionais para funções diversas nas prefeituras envolvidas. Tudo isso era parte de uma estratégia para desviar dinheiro público e enriquecer ilicitamente os envolvidos.

A operação resultou na prisão de cinco pessoas e na apreensão de documentos e bens relacionados ao esquema criminoso. Os acusados enfrentam uma série de acusações, incluindo peculato, fraude em licitações e contratos, falsidade ideológica, desvio e lavagem de dinheiro público, entre outros crimes.

A investigação revelou que os contratos fraudulentos foram estabelecidos com 20 municípios de Alagoas, movimentando uma quantia impressionante de R$ 243 milhões ao longo de um período de três anos. A cooperação entre os órgãos de segurança e a promotoria foi fundamental para desvendar esse esquema complexo, que causou danos significativos aos cofres públicos e à confiança da população nas instituições governamentais.

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