DECISÃO

Justiça nega liberdade a advogado preso durante a operação Maligno

Frederico Benigno é apontado como líder de quadrilha de desvios de recursos públicos
Por Redação 21/05/2024 - 18:06

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MPE/AL
Operação Maligno, deflagrada pelo Ministério Público de Alagoas
Operação Maligno, deflagrada pelo Ministério Público de Alagoas

O desembargador em exercício Alberto Jorge Correia de Barros Lima, do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL), negou liberdade para o advogado Frederico Benigno Simões, apontado pelo Ministério Público do Estado (MPE) de chefiar uma organização criminosa que desviou recursos públicos de 20 municípios alagoanos. A decisão é desta terça-feira, 21.

Alvo da operação Maligno, Benigno é acusado de peculato, falsidade ideológica, lavagem de capitais e organização criminosa.

A defesa alega que o juiz não demonstrou os requisitos necessários para a decretação da prisão preventiva. Os advogados pontuam ainda que não há outras ações penais ou inquéritos contra Benigno e pediu a soltura dele com aplicação de medidas cautelares.

Ao analisar o caso, o desembargador pontuou que há indicativos de que a decisão dos juízes da 17ª Vara Criminal de Maceió fundou-se nas circunstâncias do caso e na gravidade dos delitos, observado a possibilidade de desvio de vultosa quantia de dinheiro público “que atinge o combalido contribuinte alagoano”.

"Há indicação, ao menos neste instante processual, do preenchimento dos pressupostos (autoria e materialidade) e requisito (garantia da ordem pública) da prisão cautelar”, diz trecho da decisão.

O magistrado destacou que o volume de documentos obtidos nos autos do processo, dos quais estão compreendidos quebras de sigilo bancários, fiscais, dados e telefônicos, além dos elementos de prova adquiridos pela busca e apreensão nas residências dos investigados, indicam a prática delitiva.

Alberto Jorge lembrou também que a suposta organização criminosa, do qual o advogado Frederico Benigno seria o líder, valendo-se de uma cooperativa "de fachada" (Moderniza), teria desviado dinheiro público de vários municípios pobres alagoanos, através de contratos possivelmente fraudados.


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