Na última terça-feira (21), o desembargador em exercício Alberto Jorge Correia de Barros Lima rejeitou o pedido de liberdade para o advogado Frederico Benigno Simões, acusado de liderar uma organização criminosa.

Simões é apontado como o líder de um esquema que teria desviado cerca de R$ 240 milhões em contratos fraudulentos com 20 prefeituras de Alagoas, durante o período de outubro de 2020 a março de 2023.

As acusações contra o advogado incluem peculato, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro e participação em organização criminosa. 

Sua defesa argumentou que a prisão preventiva seria injustificada, porém, o desembargador Barros Lima sustentou sua decisão, citando o grande volume de evidências nos autos, incluindo quebras de sigilo bancário e telefônico.

Além de Simões, a Operação Maligno também resultou na prisão de sua esposa, Hianne Maria da Costa Pinto, e de outras três pessoas. 

A Justiça determinou o bloqueio e sequestro de bens dos acusados no valor de R$ 46 milhões, incluindo um veículo Porsche adquirido do ex-jogador da Seleção Brasileira e do Barcelona, Daniel Alves.

Enquanto Frederico Simões permanece detido, sua esposa terá que cumprir a pena em prisão domiciliar.

Operação Maligno

A Operação Maligno cumpriu cinco mandados de prisão, sendo um em Maceió, três em Petrolina (PE) e mais um na cidade de Japaratinga (AL). Os oito mandados de busca e apreensão também foram executados nas mesmas localidades.

Fred mantinha com Hianne uma cooperativa de fachada que funcionava em Maceió e oferecia, dentre outras coisas, serviços típicos e obrigatórios da administração pública, como coleta de resíduos sólidos, limpeza de ruas, praças e avenidas, e profissionais para trabalharem como coveiro, motorista, vigia, gari, merendeira, veterinária, diretora escolar, médico veterinário, chefe de gabinete, assessor institucional, repórter e, até mesmo, fiscal de tributos.