JUSTIÇA
TRE/AL se encontra com movimento negro para discutir denúncias eleitorais
Casos de intolerância religiosa e violência política de gênero e raça foram apresentados na reuniãoO Tribunal Regional Eleitoral de Alagoas recebeu, nesta sexta-feira, 20, representantes da bancada negra (candidatura coletiva) e do Instituto do Negro de Alagoas (INEG/AL) para apresentar um caso de intolerância religiosa durante a campanha eleitoral e um caso de violência política de gênero e raça, em Maceió.
O primeiro a apresentar a denúncia foi o babalorixá responsável por uma organização social religiosa de Candomblé em Joaquim Gomes. Ele relatou um caso de racismo religioso e contou que houveram hostilidades em redes sociais e grupos em aplicativos de mensagens após veiculação de imagens associando-o a uma candidatura no município. Os ataques teriam começado no início de agosto por um grupo de pastores evangélicos.
A segunda denúncia relatada foi referente ao caso de ameaça de morte e estupro direcionada à uma candidata negra. Por meio de e-mails, o criminoso enviou mensagens para a vítima alegando que ela seria estuprada e morta. O caso aconteceu nesta quinta-feira, 19. Os advogados da candidata informaram já terem protocolado denúncia na Polícia Federal (PF) e pediram uma atenção especial do Tribunal quanto ao ocorrido.
Os membros dos órgãos foram recepcionados pelo juiz auxiliar da Presidência, Diego Araújo Dantas, e pelo desembargador eleitoral José Cícero Alves, presidente do Comitê de Promoção à Equidade Racial do Tribunal. Durante a reunião, os representantes foram orientados a oficiar a Presidência narrando as denúncias para que o TRE pudesse dar encaminhamento de forma interna e externamente.
Os servidores Hugo Leonardo Santos e Flávia Gomes de Barros, membros do Comitê de Promoção à Equidade Racial, também estiveram presentes na reunião.