DECLARAÇÃO

Lira critica teor de carta de CEO do Carrefour com pedido de desculpas

Presidente da Câmara classificou resposta dada pelo Ministério da Agricultura de 'leniente'
Por Redação 26/11/2024 - 15:22

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Mário Agra/Câmara dos Deputados
Presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira
Presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), fez críticas à carta enviada pelo CEO global da rede Carrefour, Alexandre Bompard, ao ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, nesta terça-feira, 26. Na avaliação de Lira, o pedido de desculpas formalizado pelo executivo foi insuficiente diante das consequências geradas por suas declarações anteriores. As informações são do site G1.

“No meu ponto de vista, foi muito fraca, dado o estrago de imagem que produziu o CEO da rede Carrefour”, afirmou Lira. Ele também avaliou como "leniente" a resposta do Ministério da Agricultura em relação à retratação apresentada pela empresa.

Na semana passada, Bompard declarou que o Carrefour deixaria de adquirir carne de países do Mercosul, incluindo o Brasil, o que gerou reações negativas de frigoríficos brasileiros e autoridades. Na carta desta terça-feira, divulgada pelo blog do Valdo Cruz, o executivo destacou a parceria de longa data com o mercado brasileiro e afirmou: “Se a comunicação do Carrefour França gerou confusão e pode ter sido interpretada como questionamento de nossa parceria com a agricultura brasileira e como uma crítica a ela, pedimos desculpas.”

Para Lira, a retratação deveria incluir um reconhecimento formal da qualidade dos produtos brasileiros. “O Brasil não quer que ninguém compre os produtos à força. A gente vê escolha de quem comprar, escolha igual de cada país. Não há um país do mundo que tenha as reservas que o Brasil tem, não há um país do mundo que tenha as reservas privadas que o Brasil tem, que tenha as reservas indígenas que o Brasil tem”, declarou.

O presidente da Câmara também alertou para o que considera uma necessidade de resposta mais firme por parte do Congresso Nacional, do governo federal, de entidades e do Itamaraty diante de narrativas que, segundo ele, buscam gerar desinformação sobre o setor agrícola brasileiro.

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