RECURSOS FEDERAIS

Alagoas tem 300 obras públicas paralisadas que consumiram R$ 288 milhões

TCU mostra que seriam necessários investimentos novos de R$646 milhões para retomar projetos
Por Tamara Albuquerque 15/01/2025 - 13:26
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Agencia Brasil
Obras públicas paralisadas: país conta com mais de 11 mil sem andamento
Obras públicas paralisadas: país conta com mais de 11 mil sem andamento

Levantamento realizado pelo Tribunal de contas da União (TCU) mostra que os município brasileiros estavam, até o final de 2024, com 11.941 obras públicas paralisadas. O número representa 52% dos contratos em andamento no país, ou seja, um a cada dois empreendimentos contratados com recursos federais encontram-se nessa situação. Pelo levantamento, Alagoas conta com exatas 300 obras públicas inacabadas em 2024, das quais 129 na área da saúde, 80 em educação básica e 22 obras de infraestrutura e mobilidade urbana.

O governo federal investiu R$288 milhões nas obras que atualmente estão paralisadas e, com a degradação provocada pelo tempo, que também aumentam os custos, para retomar e concluir essas obras seria necessário novos investimentos na ordem de R$646 milhões em recursos federais. Em 2023, o quantitativo de obras paralisadas em Alagoas era de 209 e no ano anterior, em 2023, de 237 obras inacabadas por inúmeros motivos.

Na avaliação do especialista em direito da construção, contratos de construção e processos licitatórios, Rafael Marinangelo, esse tipo de situação é causado, sobretudo, por questões relacionadas à atuação da própria da gestão pública, assim como por conta de problemas técnicos que surgem no curso da execução dos contratos. Segundo ele, a falta dessas instalações provoca impacto diretamente à população, pois prejudica acesso a serviços essenciais.

Entre as unidades da federação, o Maranhão conta com a maior quantidade de obras públicas paralisadas, com um total de 1.232, o que corresponde a 76,8% do total no estado. Na sequência aparece a Bahia, com 972 empreendimentos nessa condição, ou seja, 69,6% do total. Em terceiro lugar do ranking está o Pará, com 938 obras paradas – 65,5% do total.

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