A Defensoria Pública de Alagoas concedeu o prazo até sexta-feira, 17, para o governo do estado resolver problemas - já comunicados à pasta da saúde - existentes na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro Jacintinho. Caso o prazo não seja cumprido, o órgão vai judicializar a questão na tentativa de resolver a omissão do governo em relação a um serviço que funciona de forma precária, sem condições de atender à demanda e fora da proposta para o qual foi implementado.

A informação é do defensor público Lucas Monteiro Valença, que fez uma vistoria na UPA nesta quarta-feira, 15, tendo constatado que nenhum ponto crítico da unidade, anteriormente comunicado ao governo, foi resolvido pela Secretaria de Estado da Saúde.

Pacientes permanecem internados há mais de dois meses na UPA do Jacintinho, aguardando a transferência para outros serviços, apesar da unidade não ter sido projetada com esse perfil de atendimento. Além disso, há falta de ambulâncias para realizar a transferência de pacientes quando o sistema consegue uma vaga em hospital. 

O defensor comenta que os casos mais graves envolvem pacientes que precisam de cirurgia ortopédica e não encontram leitos disponíveis no estado. Pelo menos três pacientes esperam internados na UPA, desde novembro, por uma cirurgia dessa especialidade. 

Lucas Monteiro afirma que, além de recorrer à Justiça contra o governo do estado, pode solicitar multa pecuniária para que a determinação judicial seja cumprida e também solicitar o bloqueio de verbas públicas. As medidas podem ser adotadas para coagir o governo a resolver o problema. A UPA do Jacintinho trabalha superlotada, especialmente com o fechamento do Hospital Veredas para internações.