José de Farias Silva foi condenado a 18 anos e nove meses de prisão em regime fechado pelo assassinato de Thalita Borges de Araújo, ocorrido em fevereiro de 2023, em Arapiraca. O júri também determinou o pagamento de R$ 15 mil por danos morais ao filho da vítima, atualmente com 13 anos.

A condenação foi baseada nas qualificadoras de motivo fútil e feminicídio, sustentadas pelo Ministério Público de Alagoas (MPAL). O promotor de Justiça Ivaldo Silva apresentou provas que indicaram que o réu matou a vítima após ela se recusar a antecipar um encontro previamente marcado.

Durante os debates, o promotor destacou que o réu insistiu diversas vezes para ser atendido antes do horário combinado. As mensagens trocadas entre os dois foram apresentadas como prova. No dia do crime, José de Farias foi até a residência da vítima por volta das 17h30, e, após receber nova negativa, retornou ao local e a atingiu com seis golpes de faca.

A Polícia Militar conduziu o réu ao presídio logo após a sentença. A indenização fixada poderá ser ampliada por meio de ação cível, caso a família da vítima decida entrar na Justiça.

A mãe de Thalita Borges acompanhou o julgamento presencialmente. O caso foi julgado no Fórum de Arapiraca.

Entenda o caso

Thalita Borges e José de Farias Silva se conheceram por meio de um site de anúncios. O encontro foi agendado para o dia 3 de fevereiro de 2023, com o valor de R$ 250, conforme negociado por mensagem. A vítima informou ao réu o horário em que estaria disponível, mas ele insistiu durante toda a tarde para ser atendido antes do combinado.

Sem sucesso, o réu foi até a casa da vítima, no bairro Cacimbas, e, após duas tentativas frustradas de atendimento, retornou ao local e cometeu o homicídio. O crime foi registrado na Rua Estudante Joseane Lima.