operação Lavagem Paulista

Líder do PCC liderava esquema milionário de lavagem de dinheiro em Alagoas

José Ricardo Ângelo, o 'Gordão', e a esposa foram presos em São Paulo
Por Redação 25/08/2025 - 10:21
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Divulgação
José Ricardo Ângelo, 49, conhecido como “Gordão”, foi preso
José Ricardo Ângelo, 49, conhecido como “Gordão”, foi preso

Preso na última terça-feira, 20, em Taboão da Serra, Grande São Paulo, José Ricardo Ângelo, 49, conhecido como “Gordão”, é apontado pela polícia como um dos principais responsáveis pela lavagem de dinheiro de membros do PCC (Primeiro Comando da Capital) em Alagoas. As informações são do UOL.

A operação Lavagem Paulista, comandada pela Polícia Civil de Alagoas, revelou que o esquema chefiado por ele movimentou cerca de R$ 30 milhões nos últimos três anos. O casal vivia em Balneário Camboriú (SC) com um padrão de vida incompatível com seus rendimentos, incluindo viagens, jet skis, lanchas e imóveis de luxo.

Segundo o delegado Thales Araújo, responsável pela investigação, Ricardo atuava como “sintonia-geral” do Nordeste, cargo de comando dentro da facção. Ele já havia sido condenado em 2021 por tráfico de drogas e organização criminosa, cumprindo atualmente o restante da pena em regime aberto.

O apartamento em Santa Catarina foi alvo da polícia, que encontrou um cômodo blindado com bolsas, relógios e outros bens avaliados em mais de R$ 200 mil. O casal precisou deixar Balneário no início do mês, após Ricardo ser procurado pela polícia catarinense por suspeita de envolvimento na morte do empresário Leonardo Siemann, 36, assassinado com 18 tiros em fevereiro.

Em São Paulo, na casa de Embu das Artes, a polícia apreendeu três carros de luxo, incluindo dois Porsches, avaliados em R$ 3 milhões. Segundo Araújo, a lavagem de dinheiro era feita com a ajuda de um contador e diversas empresas de fachada ligadas a veículos, restaurantes, factoring e imóveis.

O esquema incluía o uso de “laranjas” com baixa renda declarada para movimentar grandes quantias, deixando rastros que ajudaram a polícia a identificar a operação. Um exemplo citado pelo delegado foi o caso de uma pessoa com renda inferior a um salário mínimo que movimentou R$ 200 mil em seis meses para contas do casal.

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