Informação divulgada nesta quarta-feira, 15, pela delegada Camila Chacon, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), indica que pode haver uma reviravolta no caso do homicídio da babá Inaianne da Costa Silva, de 27 anos. 

A jovem de 27 anos, morta a facadas na madrugada de segunda-feira, 13, no bairro Santa Lúcia, em Maceió, era testemunha ocular em crime de lesão corporal praticado por Jean Lopes Moraes de Souza, seu assassino confesso. 

Segundo a delegada, a morte de Inaianne pode ter relação com o histórico de violência e descumprimento de medida protetiva contra a ex-mulher de Jean Lopes, Isabela Souza. O crime pode ter sido motivado por vingança.

Em agosto deste ano, Jean Lopes invadiu a casa da ex-esposa e tentou levar os filhos do ex-casal à força. Os vizinhos denunciaram o caso à polícia. O agressor foi detido, mas ganhou a liberdade após audiência de custódia. 

A babá Inaianne presenciou as agressões e foi ouvida como testemunha ocular. “Ela já estava envolvida nesse outro inquérito que a Polícia Civil investigava”, reforçou a delegada. De acordo com a Polícia, o inquérito será concluído em dez dias.

“Ele e a Isabela mantiveram um relacionamento de 13 anos. Em agosto, eles se separaram e ele não aceitava o fim. Inclusive, já havia outro inquérito policial no qual ele foi acusado de lesão corporal, e o Judiciário havia determinado uma medida protetiva de distanciamento de 300 metros da vítima, que ele descumpriu”, destacou Camila Chacon.

Jean Lopes foi preso no mesmo dia que matou Inaianne. Ele foi autuado em flagrante por homicídio qualificado, já que, conforme a investigação, a vítima não teve qualquer chance de defesa. “Ele alegou legítima defesa, disse que a babá seria uma ameaça para os filhos dele. Jean foi identificado como autor do crime pelas imagens feitas na residência da ex-mulher e pelo reconhecimento de pessoas do local, segundo explicou a delegada.

O homicídio aconteceu no bairro da Santa Lúcia, quando a babá estava sozinha com os três filhos do casal. Inaianne havia sido contratada e trabalhou na casa por apenas cinco dias antes do seu assassinato. Jean invadiu a residência e atacou Inaianne na frente dos próprios filhos. Poucas horas antes do crime, o suspeito publicou mensagens de tom ameaçador nas redes sociais, incluindo uma em que dizia estar “a fim de beber sangue de pilantra”.