ENTENDA
Familiares denunciam negligência após jovem dar à luz bebê morto em Pilar
Hospital Nossa Senhora de Lourdes nega falha no atendimento e diz que seguiu protocolos
Familiares de uma jovem denunciam suposta negligência médica após a gestante perder o bebê durante o parto no Hospital Nossa Senhora de Lourdes, em Pilar, no último fim de semana. Eles afirmam que a mulher procurou atendimento na maternidade por três vezes, com fortes dores, mas recebeu alta nas ocasiões. A jovem acabou dando à luz um bebê natimorto.
Em nota divulgada na quarta-feira, 15, o Hospital Nossa Senhora de Lourdes negou qualquer falha no atendimento e afirmou que “todas as condutas adotadas seguiram rigorosamente os protocolos técnicos e assistenciais preconizados, sempre priorizando a segurança da paciente e do bebê”.
Segundo o hospital, a gestante deu entrada pela primeira vez na quinta-feira, 9, foi atendida por equipe multiprofissional, medicada e mantida em observação, mas sem sinais de trabalho de parto. No dia seguinte, sexta-feira, 10, retornou à unidade e, após nova avaliação médica, foi transferida para o Hospital da Mulher, em Maceió, referência em casos de maior complexidade.
Ainda conforme a nota, a paciente voltou ao hospital no sábado, 11, após receber alta do Hospital da Mulher às 4h da manhã, relatando novas dores. Durante a avaliação, foram constatados batimentos cardíacos lentos no bebê e pequena dilatação. A equipe solicitou novamente a transferência para o Hospital da Mulher, mas, durante o trajeto, a gestante entrou em trabalho de parto. A enfermeira obstetra realizou os procedimentos de reanimação, “infelizmente sem êxito”.
O hospital lamentou a perda e reiterou solidariedade à família, acrescentando que repudia “que a dor de uma família esteja sendo utilizada de forma indevida para fins políticos”.
A prefeitura de Pilar esclareceu que Hospital Nossa Senhora de Lourdes não pertence ao Município. Trata-se de uma instituição filantrópica que tem parceria com a prefeitura para atendimento de pacientes da cidade.
A delegada Maria Angelita Romeiro, titular do 23º DP, informou que as primeiras diligências já foram feitas e que todos os profissionais de saúde envolvidos no atendimento estão sendo intimados para prestar esclarecimentos e, se for o caso, responsabilizar os possíveis culpados.
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