fraudes fiscais

MP deflagra operação contra lavagem de bens em Maceió e Arapiraca

Ação cumpre 13 mandados de busca e apreensão e investiga grupo suspeito de usar “laranjas”
Por Redação 16/10/2025 - 06:36
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Assessoria
Gaesf cumpre mandados de busca e apreensão contra Orcrim suspeita de fraudes fiscais e societárias e falsificação de documentos em Maceió e Arapiraca
Gaesf cumpre mandados de busca e apreensão contra Orcrim suspeita de fraudes fiscais e societárias e falsificação de documentos em Maceió e Arapiraca

O Ministério Público do Estado de Alagoas (MPAL), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate à Sonegação Fiscal e Lavagem de Bens (Gaesf), deflagrou nesta quinta-feira, 16, a “Operação Ceres”, com o objetivo de desarticular uma suposta organização criminosa envolvida em falsificação de documentos, fraudes fiscais e societárias.

Ao todo, estão sendo cumpridos 13 mandados de busca e apreensão — oito em endereços de pessoas físicas e cinco de pessoas jurídicas — nas cidades de Maceió e Arapiraca. As ordens foram expedidas pela 17ª Vara Criminal da Capital.

De acordo com o MPAL, as investigações começaram após informações encaminhadas pela Secretaria da Fazenda de Alagoas (Sefaz/AL), que identificou indícios de crimes contra a ordem tributária, falsidade ideológica e formação de organização criminosa. Com base nesses elementos, o Gaesf solicitou medidas judiciais para aprofundar as apurações. 

Durante as investigações, o grupo constatou que pessoas listadas como sócias das empresas envolvidas não possuíam capacidade financeira compatível com as movimentações registradas, o que sugere uso de “laranjas” em esquema de sonegação fiscal estruturada.

Segundo o MPAL, as empresas atuavam como atacadistas de alimentos, sobretudo na comercialização de farinha de trigo, sem o recolhimento dos impostos devidos. O esquema contaria com apoio de profissionais da área contábil, especializados em fraudes tributárias.

O levantamento aponta que as empresas investigadas possuem dívidas inscritas em dívida ativa que somam R$ 3,4 milhões, além de uma dívida administrativa que ultrapassa R$ 16 milhões, valor que representa o prejuízo estimado ao erário alagoano.

A operação contou com o apoio da Procuradoria-Geral do Estado (PGE), da Secretaria de Segurança Pública (SSP), das Polícias Militar e Civil e da Polícia Científica. O nome “Ceres” faz referência à deusa romana da agricultura, responsável pelas plantações de cereais — uma alusão direta ao ramo de atuação das empresas investigadas.


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