A Braskem iniciou neste final de semana a redução de 50% das emissões na planta de PVC em Marechal Deodoro, em Alagoas. A empresa considera para o cálculo os volumes registrados antes do início do projeto, em 2022, e afirma que essa ação faz parte de um planejamento de longo prazo para modificar a produção de vapor na unidade. As informações são do site Canal Energia. 

Para atingir a redução, a companhia passou a utilizar biomassa na produção de vapor das atividades da fábrica do Nordeste. O insumo é fornecido pela Grune, que tem a Veolia como sócia majoritária e investiu cerca de R$ 470 milhões na estrutura necessária para o fornecimento da biomassa, incluindo logística e manutenção das caldeiras.

No total, quatro caldeiras passam a fornecer vapor por meio da biomassa, enquanto uma quinta caldeira foi eletrificada. Com essa mudança, a Braskem deixa de utilizar gás natural na produção de vapor, alterando a forma de operação do processo industrial que atende a planta de PVC em Marechal Deodoro.

O projeto integra o plano de descarbonização da companhia, que inclui ainda o uso de energia solar e outras ações mencionadas pela própria empresa em relatórios e reportagens divulgadas anteriormente. A mudança na produção de vapor representa uma das etapas planejadas dentro desse projeto de longo prazo.

De acordo com o diretor industrial da Braskem em Alagoas, Hélcio Colodete, a companhia estuda a implementação da medida desde 2018. Ele explicou que a primeira fase do projeto foi realizada em 2023 e que a empresa acompanhou os resultados antes de concluir a etapa final de implementação.

Segundo Colodete, a implementação total foi concluída recentemente, com o comissionamento das quatro caldeiras em operação na semana passada. Com isso, a empresa alcançou 100% da fase atual do projeto de redução de emissões na planta de Marechal Deodoro, marcando a conclusão do plano iniciado há mais de cinco anos.