Alagoas registra 641 pessoas na fila de espera por um transplante de órgãos, segundo dados de outubro do Ministério da Saúde. No primeiro semestre deste ano, o estado realizou 66 transplantes de órgãos, sendo 2 de coração, 10 de fígado, 16 de rim e 38 de córnea. 

O resultado acompanha o avanço nacional, que atingiu a marca recorde de 14,9 mil transplantes no período, um crescimento de 21% em relação a 2022. Porém, apesar do bom desempenho, o ministério alerta que o número poderia ser ainda maior, pois 45% das famílias brasileiras ainda recusam a doação, mesmo quando este é o desejo do doador em vida.

Atualmente, mais de 80 mil pessoas aguardam por um transplante no Brasil, entre as quais 44 mil esperam por um rim. A maior parte dos pacientes neste caso é composta por homens entre 50 e 64 anos. 

Os rins são um par de órgãos responsáveis por filtrar o sangue e eliminar resíduos por meio da urina. Por serem dois, é possível doar um deles em vida, sem prejuízo à saúde do doador.

O transplante de rim é indicado para pacientes com insuficiência renal irreversível. Para entrar na lista de espera por um órgão de doador falecido, é necessário apresentar diagnóstico de insuficiência renal crônica e estar em tratamento com terapia renal substitutiva, como hemodiálise. Também são elegíveis menores de 18 anos e diabéticos com função renal severamente comprometida.

De acordo com o Ministério da Saúde, desde o início de 2025, cerca de 5 mil transplantes renais já foram realizados no país. Desse total, 61% beneficiaram pacientes do público masculino. Pelo menos 16 pessoas com problema renal irreversível foram submetidas ao transplante em Alagoas.