Quem trabalha sob o regime da CLT recebe, no fim de novembro e dezembro, o décimo terceiro salário — uma injeção importante na economia, que deve movimentar mais de R$ 250 bilhões neste ano, segundo o Dieese. Mas a dúvida que sempre surge é como usar esse dinheiro extra da forma mais inteligente. 

Presentes de Natal, investimentos em renda fixa ou a boa e velha poupança? Para o coordenador do curso de Ciências Contábeis da Faculdade Anhanguera, Gildenor Pereira Leite Filho, o essencial é agir com cautela e planejamento, já pensando em 2026. 

Ele recomenda evitar gastos desnecessários e, principalmente, não criar novas dívidas. A orientação é priorizar o pagamento de contas pendentes para entrar nas festividades sem aperto financeiro. 

Se houver dívidas com juros altos, como cheque especial ou cartão de crédito, o décimo terceiro deve ser usado para reduzi-las ou quitá-las. Caso a situação esteja em dia, o dinheiro pode ser reservado para compromissos típicos do início do ano — IPVA, IPTU, matrículas e materiais escolares —, garantindo um janeiro mais tranquilo. 

Outra alternativa é fortalecer ou iniciar uma reserva de emergência equivalente a, pelo menos, seis meses de despesas mensais, importante para enfrentar imprevistos como doença ou perda de emprego. 

Para quem já possui estabilidade financeira, investir parte do décimo terceiro pode ser um passo importante rumo à segurança no longo prazo, escolhendo aplicações adequadas ao próprio perfil.

E, se a intenção for comprar presentes, o professor recomenda buscar promoções, antecipar compras e usar apenas uma parcela do valor recebido, evitando que a época festiva comprometa o orçamento do ano seguinte.