A PEDIDO DE LIRA

TSE manda investigar possível ligação de juiz com Paulo Dantas

Maurício César Breda Filho teria tomado "decisões benéficas" à coligação do governador afastado
Por Redação com Estadão Conteúdo 14/10/2022 - 14:23
Atualização: 14/10/2022 - 15:36
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Dicom/TJ
O magistrado Maurício César Breda Filho
O magistrado Maurício César Breda Filho

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mandou abrir na quinta-feira, 13, um procedimento para investigar suposta ligação entre o magistrado Maurício César Breda Filho, membro substituto do Tribunal Regional Eleitoral de Alagoas (TRE-AL), e o governador afastado do estado, Paulo Dantas (MDB) a pedido do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP).relacionadas_esquerda

Na decisão para instaurar o procedimento assinado pelo corregedor-geral Benedito Gonçalves, Lira alega que o juiz teria agido para favorecer Dantas e o senador eleito Renan Filho (MDB-AL). Ambos são apoiados pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL).

O presidente da Câmara sustenta que Breda Filho foi nomeado presidente do Conselho Estadual de Segurança Pública de Alagoas (Conseg-AL) por Dantas e, apesar de licenciado do cargo, tem “inequívoca vinculação próxima” ao governador.

O deputado federal também argumenta que o juiz tomou decisões “mais benéficas” à coligação que apoia a reeleição de Dantas do que à coligação integrada pelo PP, que apoia a eleição de Cunha.

Na decisão, o corregedor disse ver os elementos necessários para abrir o processo “sem que se faça juízo prévio de mérito a respeito das alegações”.

Dantas é investigado sob suspeita de operar um esquema de desvio de salários de funcionários parlamentares, a chamada “rachadinha”, quando era deputado estadual. O governador nega irregularidades e diz que o inquérito tem motivação política para atingir sua candidatura. Ele foi o mais votado no primeiro turno e segue líder nas pesquisas de intenção de voto.

Por meio de nota à imprensa, tanto o Tribunal Regional Eleitoral de Alagoas quanto o magistrado informaram que se manifestarão prestando as informações solicitadas na decisão do ministro Benedito Gonçalves.

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