ECONOMIA

Petrobras não quer comprar fatia da Novonor na Braskem, diz Prates

Presidente afirmou que quer se aproximar de potenciais futuros parceiros da estatal na petroquímica
Por Redação 21/02/2024 - 19:50

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Agência Brasil
Jean Paul Prates
Jean Paul Prates

Jean Paul Prates, presidente da Petrobras, declarou nesta terça-feira, 20, que a estatal não pretende exercer o direito de preferência para adquirir a participação da Novonor (ex-Odebrecht) na petroquímica Braskem.

"Não estamos planejando exercer o direito de preferência (de compra na Braskem), mas sim ter um parceiro. Temos a intenção de participar do setor petroquímico, todas as empresas de petróleo estão indo nessa direção. (Na Braskem), é natural que surja uma nova estrutura, na qual, com um parceiro de igual porte, possamos ter uma cogestão", afirmou Prates.

A declaração foi feita durante o lançamento da fase de implementação da tecnologia Hisep, de separação e reinjeção de gás em reservatórios no fundo do mar.


Prates explicou que a postura da estatal tem sido de se aproximar de potenciais futuros parceiros da Petrobras na Braskem, como a Adnoc, dos Emirados Árabes, país que visitou durante o carnaval. A empresa já apresentou uma oferta não vinculante de R$ 10,5 bilhões pela fatia de 38,3% do capital total da Braskem pertencente à Novonor.

Prates admitiu ter se encontrado novamente com executivos da empresa árabe nos últimos dias, mas ressaltou que as discussões não se limitam à Braskem e abrangem todas as possibilidades de parcerias e cooperação. "Não estamos nem vendendo nem comprando essa outra parte (da Novonor). Estamos observando e conduzindo conversas paralelas sem interferir no processo, para identificar quem pode ser nosso novo parceiro."

Ele destacou que não há um prazo definido para o término do processo de "due diligence" na Braskem, e outras propostas ainda podem surgir. "A PIC (estatal de petróleo do Kuwait) nos questionou sobre a Braskem, abordou a Novonor, mas ainda não apresentou uma proposta", acrescentou.

Quanto às negociações com o fundo Mubadala, controlador da Acelen, proprietária da Refinaria de Mataripe (antiga Rlam), Prates reafirmou o interesse da Petrobras. "Recuperar a Rlam é importante para nós, da Petrobras."

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