A Polícia Federal (PF) concluiu nesta terça-feira, 19, a investigação sobre a falsificação de certificados de vacinas contra a Covid-19, indiciando o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O indiciamento envolve os crimes de associação criminosa e inserção de dados falsos em sistema público. O processo segue para o Ministério Público, que decidirá sobre denúncia à Justiça ou arquivamento.

Além de Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid e o deputado federal Gutemberg Reis (MDB-RJ) também foram indiciados. No caso de Cid, a PF aponta também o crime de uso indevido de documento falso.

A Controladoria-Geral da União (CGU) concluiu, após investigação, que o certificado de vacinação de Bolsonaro para Covid-19 era falso. A apuração começou após pedido feito via Lei de Acesso à Informação para ter acesso ao cartão de vacinação do ex-presidente, constatando-se inconsistências nos registros, levando à instauração de procedimento de investigação.

A investigação da CGU foi comunicada à PF, que deflagrou a Operação Venire com autorização do Supremo Tribunal Federal (STF). Na operação, realizada em maio do ano passado, os policiais prenderam o tenente-coronel Mauro Cid. Também foram realizadas buscas em endereços de Bolsonaro.

A PF apontou que cartões de vacinação de Laura Bolsonaro, de Mauro Cid, sua filha e esposa também foram adulterados para burlar normas sanitárias e viajar aos Estados Unidos.