saúde
Exagerou nas festas? Médico aponta atitudes para reduzir inchaço
Ajustes na rotina ajudam o corpo a se recuperar dos excessos sem dietas radicais
Comidas mais calóricas, consumo de bebidas alcoólicas, sobremesas e noites mal dormidas fazem parte da rotina de fim de ano para muitas pessoas. Isoladamente, esses excessos não comprometem a saúde, mas o problema surge quando se tenta “compensar” tudo de forma extrema, com jejuns prolongados, treinos intensos ou restrições alimentares severas. Segundo o médico funcional e especialista em emagrecimento Dr. Adriano Faustino, o corpo humano é capaz de se reorganizar naturalmente quando recebe estímulos adequados.
De acordo com o especialista, medidas simples e bem direcionadas tendem a ser muito mais eficazes do que atitudes radicais. A retomada do consumo adequado de proteínas e a hidratação adequada, por exemplo, ajudam o organismo a recuperar o equilíbrio metabólico após períodos de exagero alimentar. Estudos apontam que dietas com maior aporte proteico favorecem a saciedade, preservam a massa muscular e contribuem para a estabilidade metabólica, reduzindo o impulso por beliscos e excessos ao longo do dia.
Outro fator essencial nesse processo é o sono. Dormir mal altera hormônios ligados à fome e ao estresse, como cortisol e insulina, o que dificulta a recuperação do organismo. Pesquisas científicas indicam que noites mal dormidas comprometem a tolerância à glicose e aumentam a sensação de cansaço e fome. Por isso, priorizar um sono de qualidade após períodos de exagero alimentar é uma das estratégias mais eficazes para retomar o equilíbrio físico e mental.
A prática de atividade física também merece atenção. Em vez de treinos intensos logo após noites mal dormidas ou alimentação pesada, o ideal é optar por movimentos leves, como caminhadas, alongamentos e atividades ao ar livre. Esse tipo de estímulo ajuda a reduzir o inchaço, melhora a circulação e favorece a recuperação metabólica sem sobrecarregar o organismo.
Segundo o médico, essas orientações estão ligadas ao conceito de flexibilidade metabólica — a capacidade do corpo de alternar de forma eficiente entre diferentes fontes de energia. Quando essa capacidade está preservada, o organismo responde melhor aos excessos ocasionais, sem prejuízos à saúde. “O objetivo não é punir o corpo, mas respeitar seus sinais e adotar escolhas que promovam equilíbrio e bem-estar de forma sustentável”, conclui Dr. Adriano Faustino.



