MINISTÉRIO DA FAZENDA

Haddad confirma Galípolo na secretaria-executiva

Expectativa é de que o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva revele oficialmente novos nomes de membros de sua gestão ainda hoje
Por Estadão Conteúdo 13/12/2022 - 15:36
Atualização: 13/12/2022 - 16:15
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Reprodução
Galípolo
Galípolo

O futuro Ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), confirmou o nome de Gabriel Galípolo como secretário-executivo, o número 2 da pasta, em rápida conversa com jornalistas na saída da sede do Banco Central, em Brasília. Como mostrou o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) mais cedo, ele já tinha informado que o economista seria o seu "número dois" à frente da pasta em reunião pela manhã com o atual ministro da Economia, Paulo Guedes, e seus secretários. "Sim, confirmo", disse Haddad, ao ser questionado pela imprensa.

Galípolo é economista, ex-presidente do Banco Fator e atuou na campanha como interlocutor entre a chapa de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), agora presidente eleito, e o mercado financeiro. Desde então, vinha sendo cotado para compor a equipe econômica antes mesmo de Haddad ganhar força como indicado a chefe da Fazenda.

No fim de novembro, em evento organizado pelo Esfera Brasil, o economista avaliou que o teto de gastos já deixou de servir como âncora fiscal no Brasil. "A gente já passou do funeral, já está para a missa de sétimo dia da regra fiscal", ironizou.

Na ocasião, ele também defendeu a necessidade de uma discussão transparente sobre o Orçamento, pautada na qualidade da arrecadação e do gasto. Ele criticou o orçamento secreto, devido à falta de transparência do mecanismo.

Durante o governo de transição, Galípolo fez parte do grupo temático da área de Infraestrutura. O economista já trabalhou com o BNDES na estruturação financeira da privatização da Cedae, um marco no programa de saneamento. É especialista em instrumentos financeiros de política de crédito em articulação do público e privado para projetos de longa duração.

Inicialmente, seu nome era mais citado em conversas justamente para a presidência do BNDES, que pode parar nas mãos do ex-ministro petista Aloizio Mercadante, sob o guarda-chuva do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.


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