POLÍTICA

Alfredo Gaspar diz que combate ao terrorismo é 'abobrinha'

Ex-secretário de Segurança Pública de Alagoas fez declarações polêmicas em discurso na Câmara nesta quinta-feira
Por Tamara Albuquerque 09/02/2023 - 15:42
Atualização: 09/02/2023 - 15:57
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Foto: Divulgação
O ex-procurador-geral de Justiça, Alfredo Gaspar
O ex-procurador-geral de Justiça, Alfredo Gaspar

O deputado federal Alfredo Gaspar (União Brasil), que comandou a área de segurança pública em Alagoas, chamou de "abobrinha" o combate ao terrorismo que gerou destruição às sedes dos Poderes, em Brasília, no dia 8 de janeiro. A declaração ocorreu durante discurso na Câmara Federal onde o parlamentar teceu críticas ao que considerou "falta de ação do governo" para coibir o avanço da criminalidade no país.

“O senhor ministro da Justiça vive desfilando pela televisão, falando abobrinha, falando de terrorismo, e esquecendo de combater o crime organizado e as rotas de tráfico que tomam conta desta nação. Lula, você criou 37 ministérios, mas esqueceu um dos ministérios mais importantes, o do combate ao crime, à violência, que é o Ministério da Segurança Pública”.

Na visão do deputado alagoano o governo precisa tomar medidas mais assertivas para o aprimoramento da legislação de combate ao crime, diminuição da impunidade e enfrentamento desses casos. Quando assumiu o mandato, Gaspar afirmou que fará na Câmara oposição ferrenha ao atual governo, sem mencionar qualquer critério para essa conduta.

“Está na hora do Brasil fazer uma grande reformulação da legislação penal e processual. Somos o país que mata mais de 40 mil pessoas por ano, tem mais de um milhão de roubos de rua, mais de 50 mil estupros por ano e, a cada ano, supera o número de feminicídios. O Brasil precisa levar a sério o combate à criminalidade”, afirmou Alfredo Gaspar.

O parlamentar defendeu ainda que líderes de facções criminosas, como Fernandinho Beira-Mar e Marcola, tenham tratamento mais duro no cumprimento de suas penas. “Agora há pouco trouxeram para o centro do poder um dos maiores bandidos desta nação, um maloqueiro chamado Marcola. Ele está há 20 anos rodando de estado em estado, no sistema carcerário, assim como o bandido do Fernandinho Beira-Mar. E o Brasil não muda a Constituição para transferir esses vagabundos de uma vez para os Estados Unidos, já que eles exportam toneladas de cocaína para lá. O sistema carcerário dos Estados Unidos não é colônia de férias”, comentou, fazendo comparações com o Brasil.


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