NA AVENIDA PAULISTA

Cartaz com Vampeta pelado rouba a cena em ato pró-Bolsonaro; entenda

"Vampetaço" ganhou as redes sociais durante ato realizado em São Paulo
Por Redação 26/02/2024 - 10:38

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Divulgação
Capa da revista G Magazine com o ex-jogador Vampeta
Capa da revista G Magazine com o ex-jogador Vampeta

No ato em defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro, realizado ontem na Avenida Paulista, uma peculiar presença chamou a atenção: um cartaz exibindo o ex-jogador Vampeta em um ensaio nu. O "Vampetaço" ganhou notoriedade nos últimos anos como uma forma de cancelamento virtual.

Cartaz do Vampeta pelado em ato pró-Bolsonaro

O termo é uma alusão direta ao ex-atleta do Corinthians e da seleção brasileira, cuja imagem nua, oriunda de um ensaio para a extinta revista "G Magazine" em 1999, é utilizada como forma de crítica ou represália.

A manifestação de ontem, marcada por opositores do ex-presidente, trouxe à tona essa estratégia, que migrou das redes sociais para os muros, como evidenciado pelos cartazes fixados próximo ao Juizado Especial Federal, em frente à estação Trianon-Masp, uma das áreas mais movimentadas da Paulista.

Os participantes do "Vampetaço" inundam os perfis de quem consideram ter agido de maneira desagradável ou "errada" com fotos do ensaio nu do ex-jogador. Curiosamente, as partes íntimas de Vampeta no cartaz foram cobertas com a expressão "cease fire" ("cessar-fogo", em inglês), em uma mensagem relacionada ao conflito Israel-Hamas, pedindo o fim dos ataques.

Essa forma de "trollagem" tem sido observada em diversos contextos, desde o âmbito político, com envolvimento do ex-deputado Douglas Garcia e do perfil do governo de Israel, até o entretenimento, com Varg Vikernes, vocalista da banda Burzum, e até mesmo no futebol, como o caso dos torcedores do Valencia que apoiaram o racismo contra Vinicius Júnior.


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