A escolha do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), em relação a qual partido irá liderar a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) em 2024 pode ter consequências para a sua própria sucessão na presidência da Casa, em fevereiro de 2025. As informações são do site Metrópoles. 

Nos bastidores, líderes do PL afirmam que uma eventual quebra de acordo sobre a presidência da CCJ, que é a comissão mais importante da Câmara, poderia prejudicar o apoio do partido ao candidato de Lira para a presidência da Casa.

Na visão dos líderes do PL, o postulante indicado por Lira para liderar a Câmara poderia perder 96 votos, justamente o número de integrantes da bancada do partido do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Devido ao seu grande número de membros na Casa, o PL reivindica a liderança da CCJ. No entanto, os demais líderes da Câmara estão debatendo a possibilidade de Lira ceder a presidência da comissão ao União Brasil.

O União Brasil é liderado por Elmar Nascimento, deputado da Bahia e favorito de Lira para sucedê-lo. O principal nome do partido para a CCJ é Arthur Maia, deputado do União-BA, que já ocupou a presidência do colegiado.

Por enquanto, os líderes do PL na Casa consideram a ideia de perder a CCJ como mera "especulação" e mantêm a esperança de manter o controle da comissão ao longo de 2024.

A legenda deseja indicar a deputada bolsonarista Caroline de Toni (PL-SC) como presidente do colegiado. No entanto, a bancada governista está trabalhando contra essa nomeação, pois considera a parlamentar "muito radical".