rivalidade
Glauber Braga critica Lira após ser preso em protesto no Rio de Janeiro
Braga tem acusado Lira de tentar cassar seu mandato na Câmara FederalO deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ) foi liberado na noite da última sexta-feira, 20, após ser detido pela Polícia Militar do Rio de Janeiro (PMERJ) durante um ato de ocupação na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). A intervenção policial ocorreu quando Braga tentava impedir a entrada da tropa de choque na instituição, que havia sido ocupada por estudantes desde julho em protesto contra cortes de benefícios.
Durante o tumulto, os policiais utilizaram spray de pimenta contra os manifestantes, incluindo o deputado. Após a detenção, Braga se reuniu com apoiadores na manhã de sábado, 21, onde criticou o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), chamando-o de "autoritário" e acusando-o de controlar o orçamento da Casa. Até o momento, Lira não se manifestou sobre a prisão de Braga.
O desentendimento entre os dois parlamentares não é recente. Glauber Braga tem acusado Arthur Lira de tentar cassar seu mandato no Conselho de Ética da Câmara, em decorrência de um incidente ocorrido em abril, quando o deputado empurrou e expulsou um militante do Movimento Brasil Livre (MBL) do recinto.
Recentemente, em uma sessão do Conselho de Ética, Braga chegou a chamar Lira de "bandido", acusando-o de orquestrar sua cassação. Em 11 de setembro, o Conselho aprovou a abertura de processo contra Braga por quebra de decoro parlamentar relacionado ao episódio com o militante do MBL.
Embora Lira frequentemente se manifeste em defesa de deputados cujos direitos são violados, nesta ocasião, apenas o presidente do Senado e do Congresso, Rodrigo Pacheco, se pronunciou em defesa de Glauber Braga, pedindo ao governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, que respeitasse as prerrogativas do parlamentar.