INCLUSÃO
Arthur Lira defende reforma ministerial alinhada ao Congresso
Presidente da Casa afirma que PL da Anistia a condenados pelo 8 de janeiro "não está enterrado"O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), tem enfatizado a necessidade de que uma eventual reforma ministerial no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) contemple nomes que representem os interesses do Congresso Nacional. Lira tem discutido o tema com aliados enquanto se aproxima do término de seu mandato como líder da Casa, previsto para fevereiro de 2025. As informnações são do site O Globo.
De acordo com Lira, a inclusão de representantes indicados pelo Congresso em cargos estratégicos do Executivo é essencial para facilitar a tramitação de projetos e garantir apoio legislativo. Ele tem reiterado que o presidente Lula deveria voltar a participar ativamente das articulações políticas, promovendo reuniões e eventos semelhantes aos realizados em seus dois primeiros mandatos. Essa estratégia, segundo Lira, seria crucial para consolidar a base governista e evitar derrotas em votações, como ocorreu recentemente com o pacote fiscal apresentado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
Lira apontou o Partido dos Trabalhadores (PT) como um exemplo de desequilíbrio entre representação política e ocupação de cargos na Esplanada dos Ministérios. Apesar de ter apenas 12% dos votos no plenário, o partido controla pastas relevantes no governo. Em contrapartida, o PSD, com três ministérios sob seu comando, não possui representantes em cargos considerados “fortes”, segundo Lira. Ele mencionou o caso do Ministério da Pesca e Aquicultura, chefiado por André de Paula, como um exemplo de representação insuficiente da Câmara.
Prioridades não atendidas
Próximo de concluir dois mandatos como presidente da Câmara, Lira também destacou temas que não avançaram durante sua gestão. Entre eles, está o projeto de regulação das redes sociais e a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que propõe alterar a composição do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP). Esta última é vista por procuradores como uma tentativa de interferência na autonomia do órgão.
Aliados de Lira indicam que ele acredita em um cenário favorável para que essas pautas sejam discutidas no plenário em 2025, sob a liderança de Hugo Motta (Republicanos-PB), favorito para sucedê-lo na presidência da Casa. A transição de liderança na Câmara é vista como uma oportunidade para redefinir prioridades legislativas e fortalecer a articulação entre o Executivo e o Legislativo.