POLÍTICA

CPMI do INSS convoca familiares do “Careca” após recusa de depoimento

Esposa, filho e sócios de Antônio Carlos Antunes serão ouvidos pela comissão
Por Redação 15/09/2025 - 21:35
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Agência Brasil
PF prende 'Careca do INSS' em nova fase de operação contra fraudes
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O presidente da CPMI do INSS, senador Carlos Viana (Podemos-MG), anunciou nesta segunda-feira, 15, que a comissão realizará uma reunião extrapauta na terça-feira, 16, para votar seis requerimentos. Entre eles estão as convocações de familiares do lobista Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”, e de seu sócio, o empresário Mauricio Camisotti, ambos investigados por fraudes em descontos associativos do instituto.

A lista de novos convocados inclui a esposa de Antônio Carlos, Tânia Carvalho dos Santos, e o filho Romeu Carvalho Antunes, apontados como partícipes no esquema. Também deverão comparecer à comissão a esposa e sócia de Camisotti, Cecília Montalvão, o empresário Milton Salvador de Almeida Júnior e o advogado Nelson Williams.

Segundo Viana, a inclusão de Tânia e Romeu foi uma resposta à recusa de Antônio Carlos em depor. "A esposa de Antônio Carlos, a Tânia Carvalho dos Santos, é sócia dele em várias empresas, não estava inicialmente sendo convocada, mas diante da recusa em vir, tanto ela quanto o filho, passarão a serem ouvidos obrigatoriamente pela CPMI", declarou.

O senador destacou que a convocação de familiares e sócios busca pressionar os investigados a cumprir os compromissos firmados com a comissão. "Nós esperamos, com toda sinceridade, que a partir dessas convocações, que todo o acordo que seja feito com a comissão seja cumprido pelos advogados e por aqueles que são os depoentes, como investigados ou como testemunhas, porque nós estamos aqui dispostos a dar uma resposta ao povo brasileiro", disse.

Viana também criticou o advogado de Antônio Carlos, Cleber Lopes de Oliveira, que justificou a ausência do cliente citando um “lamentável clima político no âmbito da comissão” e risco de “uma oitiva improdutiva”. Para o senador, a postura demonstra “falta de seriedade”.

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