Eleições

Confira as previsões de um cartomante para a política alagoana em 2026

Leitura do Tarô também avalia situação de Lula em cenário tenso de julgamento
Por Redação 25/12/2025 - 07:20
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Divulgação
O cartomante Rui Pereira realizou leituras do Tarô sobre a política local
O cartomante Rui Pereira realizou leituras do Tarô sobre a política local

Apaixonado pelo Brasil e, em especial, pelas terras alagoanas, o cartomante português Rui Pereira foi convidado pelo EXTRA para lançar um olhar simbólico e analítico sobre o tabuleiro político de 2026. A partir da leitura das cartas do Tarot, Rui Pereira analisou os principais atores da política alagoana e nacional, além das disputas institucionais que devem marcar o próximo ciclo eleitoral.

Com uma abordagem que une simbolismo, observação política e interpretação de cenários, o tarólogo traça tendências, aponta riscos, destaca forças ocultas e identifica movimentos de continuidade, transição e ruptura que podem redefinir o poder em Alagoas e no Brasil.

Renan Filho - Pré-candidato ao governo de Alagoas com risco de derrota

Segundo o tarólogo Rui Pereira, o retorno do ministro dos Transportes Renan Filho (MDB) ao Governo de Alagoas, em 2026, tende a ocorrer de forma cautelosa e sem garantias imediatas, apesar do reconhecimento conquistado no cenário nacional. Ao analisar o arcano do Pendurado, Rui Pereira afirma que o momento indica pausa e reavaliação.

“Existe prestígio, mas não há automatismo eleitoral. O Pendurado fala de espera, de sacrifícios que ainda precisam ser compreendidos pelo eleitorado e de um olhar crítico sobre escolhas passadas”, diz. Segundo ele, o reconhecimento fora do estado não elimina a cautela do eleitor local.

Na sequência da leitura, a carta da Temperança aparece como fator decisivo para a viabilidade política. “A Temperança mostra que o caminho passa obrigatoriamente pelo diálogo, pela moderação e pela construção de pontes. Se houver uma campanha inteligente, conciliadora e sem excessos, o prestígio nacional pode, sim, ser convertido em força eleitoral”, avalia o tarólogo. Para ele, confrontos diretos e discursos duros tendem a enfraquecer essa transição.

O desfecho da previsão é representado pela carta da Lua, que, segundo Rui Pereira, mantém o cenário em aberto. “A Lua fala de bastidores, rumores e oscilações emocionais do eleitorado. Nada está completamente definido até o final. Há estratégias silenciosas em jogo e um ambiente político instável”, afirma.

Na síntese da leitura, o tarólogo ressalta que o resultado dependerá da condução política até 2026. “Renan Filho pode transformar o prestígio nacional em vitória local, mas apenas com paciência, sensibilidade e uma leitura fina do clima emocional e político de Alagoas. A vitória não está garantida, mas também não está descartada”, conclui.

JHC - prefeito de Maceió - Governo ou Senado?

Na leitura do tarólogo português, o prefeito de Maceió JHC (PL) encerra seu ciclo à frente do Executivo municipal com capital político próprio e condições reais de disputar cargos majoritários nas eleições de 2026. De acordo com Rui Pereira, a carta do Mago simboliza iniciativa e domínio estratégico.

“O Mago mostra que JHC sai da Prefeitura com controle da comunicação, inteligência política ativa e capacidade de se reinventar. Ele sabe usar a imagem pública, o discurso e os meios certos no momento certo”, afirma. Para o tarólogo, trata-se de um perfil que não atua de forma reativa, mas assume protagonismo.

A carta do Mundo, que surge na sequência, reforça a ideia de fechamento positivo de ciclo. “O Mundo confirma uma conclusão bem-sucedida. Há uma sensação de missão cumprida, reconhecimento amplo e projeção que vai além de Maceió”, avalia Rui Pereira. Segundo ele, essa energia aponta para visibilidade estadual e até nacional, com portas abertas para movimentos políticos mais ambiciosos.

No desfecho da leitura, a carta do Carro indica avanço direto e disputa aberta. “O Carro é muito claro: fala de campanha, conquista e enfrentamento. Não é uma energia de recuo ou de bastidores, mas de ir à frente, entrar na corrida para vencer e impor direção”, explica o tarólogo.

Na avaliação final, Rui Pereira destaca que JHC reúne força política e narrativa favorável para o próximo passo. “Ele encerra o ciclo em Maceió com impulso para avançar. As cartas mostram que JHC não apenas pode disputar o Governo de Alagoas ou o Senado em 2026, como entra nessa corrida com estratégia, visibilidade e vontade real de vencer”, conclui.

Senador Renan Calheiros - Reeleição ameaçada?

A trajetória do senador Renan Calheiros (MDB) até as eleições de 2026 tende a ser marcada por ruptura, exposição e definição de legado, segundo a leitura do tarólogo português Rui Pereira. De acordo com o tarólogo, a carta da Morte sinaliza o encerramento de um modelo político que sustentou Renan por décadas.

“A Morte mostra claramente que Renan não chega a 2026 apoiado no mesmo capital político de outrora. Um ciclo longo da sua trajetória se encerra de forma definitiva”, afirma Rui Pereira. Segundo ele, estratégias antigas, alianças tradicionais e a força automática do nome já não produzem os mesmos efeitos. “Não é o fim da carreira, mas é o fim de um modo de fazer política que funcionou por muito tempo”, acrescenta.

Após essa ruptura, surge a carta do Sol, que revela visibilidade e protagonismo, ainda que sob maior escrutínio público. “Apesar do corte duro, o Sol mostra que Renan continua com reconhecimento, influência real e capacidade de centralidade no debate político”, avalia o tarólogo. Ele destaca que essa fase traz luz total sobre a figura do senador. “Nada fica escondido: vêm os elogios, mas também as críticas. É atuação sob holofotes intensos”, diz.

Como carta de desfecho, o Mundo aponta para uma culminação histórica. “O Mundo é muito significativo. Ele fala de fechamento de um grande ciclo, de uma consagração final ou de uma despedida honrosa. Pode ser ainda uma última grande disputa, onde tudo é colocado à prova”, explica Rui Pereira. Conforme ele, não se trata de um caminho fácil, mas de um momento decisivo. “O Mundo não fala de luta simples, fala de culminação”, resume.

Na síntese da leitura, o tarólogo avalia que Renan Calheiros entra em 2026 em condições diferentes das de eleições passadas. “Ele não chega com a mesma segurança de outros tempos. As cartas indicam o fim de um ciclo político tradicional e uma disputa que pode definir, de forma definitiva, o lugar dele na história”, afirma. “Se houver vitória, será como consagração final. Se houver derrota, será o encerramento de uma era”, conclui.

Deputado federal Arthur Lira - Ambição demais?

O ex-presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), tende a adotar uma postura de cautela e preservação de influência no caminho até as eleições de 2026, segundo a leitura do tarólogo português Rui Pereira.

De acordo com Rui Pereira, a carta do Pendurado revela um momento de suspensão estratégica. “O Pendurado não fala de derrota nem de perda de poder, mas de pausa e cálculo. Arthur Lira entra num período de espera, avaliando riscos, tempo político e custo pessoal antes de qualquer movimento maior”, afirma. Segundo ele, trata-se de uma mudança de perspectiva, e não de recuo definitivo. “Há inteligência na espera e consciência de que nem toda ambição deve ser acionada de imediato”, completa.

Na sequência, a carta do Papa aponta onde reside a principal fonte de força do parlamentar. “O Papa mostra que o poder de Arthur Lira está na institucionalidade, na tradição e nos bastidores do sistema”, analisa o tarólogo. Para Rui Pereira, a influência do deputado não depende de apelo popular direto. “Ele conhece as regras, os rituais e os pactos do poder. Há respeito interno, autoridade construída dentro da Câmara e capacidade real de orientar decisões”, diz.

Como desfecho, a carta da Temperança reforça a ideia de transição sem rupturas. “A Temperança fala de equilíbrio, negociação e manutenção de poder com suavidade. Indica alguém que prefere não arriscar tudo numa jogada incerta”, avalia Rui Pereira. Segundo ele, o cenário sugere prudência e preservação de espaços conquistados ao longo do tempo.

Na síntese da leitura, o tarólogo afirma que Arthur Lira tende a evitar exposição excessiva em 2026. “O Tarot aponta mais continuidade e bastidor do que ruptura. Ele deve preservar sua influência pela Câmara dos Deputados ou por um papel institucional equivalente”, afirma. “Uma candidatura ao Senado só ocorreria se o cenário estiver totalmente equilibrado e previamente negociado. Fora disso, a tendência é manter o poder onde ele já é sólido”, conclui.

Paulo Dantas - Qual o futuro do atual governador de Alagoas?

Mesmo impedido de disputar a reeleição ao Governo de Alagoas, Paulo Dantas (MDB) tende a manter papel central no tabuleiro político de 2026, segundo a leitura do tarólogo português Rui Pereira.

De acordo com Rui Pereira, a carta do Papa revela onde está a principal força do governador. “O Papa mostra que Paulo Dantas mantém poder institucional, influência nos bastidores e capacidade real de orientar escolhas”, afirma. Segundo ele, trata-se de uma liderança que não depende de exposição pública constante. “Mesmo fora da disputa direta, ele surge como fiador político, alguém ouvido, respeitado e procurado nos acordos internos. A força dele não está no palco, mas na legitimação”, diz.

No entanto, a carta da Torre indica que o processo sucessório não será totalmente previsível. “A Torre fala de rupturas, mudanças bruscas e reconfigurações inesperadas. O cenário não será linear nem totalmente controlável”, avalia o tarólogo. Ele aponta que alianças podem se desfazer e decisões precisarão ser revistas em curto espaço de tempo. “Há risco de planos ruírem e de escolhas terem que ser refeitas às pressas”, acrescenta.

Como carta de desfecho, o Mago aponta capacidade de reação e articulação. “O Mago é claro: Paulo Dantas não fica fora do jogo. Ele tem habilidade política, adaptação rápida e sabe criar uma nova jogada a partir do caos”, afirma Rui Pereira. Para o tarólogo, a crise funciona como gatilho para o reposicionamento. “Onde outros veem crise, ele vê oportunidade. Há articulação ativa e reposicionamento pessoal”, completa.

Na síntese da leitura, Rui Pereira avalia que o governador seguirá relevante no pós-mandato. “Mesmo fora da disputa direta pelo governo, Paulo Dantas influencia a sucessão, atravessa um processo de ruptura e se reposiciona com habilidade”, diz. “Em 2026, a tendência é disputar ou ocupar um cargo que lhe devolva capacidade de articulação e presença ativa no jogo político”, conclui.

Quem irá governar Alagoas?

Na análise específica da sucessão estadual, Rui Pereira afirma que as cartas afastam a hipótese de uma ruptura radical com o modelo político vigente. “A Temperança indica que o próximo governador surge de composição, não de confronto. Há negociação silenciosa, alianças amplas e equilíbrio de forças”, explica. Para ele, isso reduz o espaço para candidaturas completamente fora do sistema. A leitura se aprofunda com o Papa, que reforça o peso das estruturas tradicionais.

“O Tarot é claro: partidos fortes, lideranças antigas e bases organizadas seguem determinantes. O sistema prefere nomes conhecidos, testados e previsíveis”, afirma. Segundo ele, mesmo eventuais nomes ‘novos’ dependerão de apadrinhamento político. A carta decisiva é o Diabo, que aponta para uma disputa dura.

“Será uma eleição intensa, emocional e marcada pelo uso pesado de máquina, influência e bastidores. Vence quem domina o sistema e sabe operar sob pressão”, avalia. Nesse contexto, Rui Pereira afirma que Renan Filho entra inicialmente em vantagem. “Ele começa o jogo à frente, mas sob forte tensão e risco até o fim”, pondera.

Os rumos da Assembleia Legislativa

Segundo o tarólogo Rui Pereira, o cenário da Assembleia Legislativa de Alagoas em 2026 será marcado mais por transição do que por ruptura abrupta. As cartas indicam que os grupos políticos atualmente dominantes chegam ao próximo ciclo eleitoral ainda estruturados, mas próximos de um ponto de esgotamento. “A Força mostra que os grupos de poder entram firmes em 2026, com controle territorial, domínio das bases eleitorais e capacidade de resistir às pressões por mudança”, avalia Rui Pereira. Segundo ele, trata-se de estruturas que conhecem profundamente os mecanismos institucionais e seguem competitivas.

No entanto, a carta do Mundo aponta para o fechamento de um ciclo. “Há uma culminação. Muitos desses grupos atingem o máximo do que poderiam consolidar. Isso não significa queda imediata, mas conclusão de um modelo político”, afirma. O desfecho vem com a Roda da Fortuna, que indica rearranjos inevitáveis. “Nem tudo cai, mas nada permanece exatamente igual. Alguns nomes sobem, outros perdem espaço, e o jogo se reorganiza de forma parcialmente imprevisível”, diz o tarólogo.

Segundo a leitura, a Assembleia tende a preservar seus eixos centrais de poder, mas com renovação relevante em rostos, alianças e protagonismos. “É um cenário de transição, não de ruptura total”, resume.

Deputado Alfredo Gaspar - Falta fôlego

Sobre Alfredo Gaspar (União), o tarólogo aponta um cenário de incerteza estratégica. “A Lua indica ambiguidade. Alfredo entra em 2026 testando caminhos, sentindo o humor do eleitorado, mas sem revelar completamente suas intenções”, afirma. Segundo ele, a estratégia tende a ser reativa, e não afirmativa. O Diabo revela ambição.

“Existe desejo real de disputar algo maior. Ele quer romper limites, mesmo ciente do alto custo político”, diz Rui Pereira, apontando para a tentação de uma candidatura majoritária. No entanto, o Pendurado, como carta decisiva, impõe freios. “Há travamento, sacrifício e espera forçada. Pode ser falta de estrutura, ausência de alianças sólidas ou a leitura de que o risco supera o ganho”, avalia.

Para o tarólogo, Alfredo Gaspar entra em 2026 dividido. “Há fôlego e intenção, mas não força suficiente para sustentar uma corrida de alto risco até o fim”, conclui.

Ex-senador Fernando Collor - Mar de incertezas

A leitura sobre Fernando Collor aponta resistência, mas em ambiente adverso. “A Força mostra que, apesar da prisão e do desgaste, Collor ainda tem energia política. Ele sabe negociar, lidar com pressão e manter uma base mínima de sustentação”, afirma Rui Pereira. No entanto, a Lua indica um período de incerteza. 

“O pós-prisão será marcado por rumores, confusão e disputas internas. O grupo Arnon de Mello enfrenta crise de percepção e influência”, avalia. O Diabo traz alerta mais severo. “Há riscos concretos de desgaste institucional e financeiro, pressões graves e necessidade de reestruturação. Não é falência automática, mas um cenário perigoso”, diz. Segundo a leitura, Collor mantém capacidade de adaptação, mas em ambiente instável e com perdas relevantes no entorno político e empresarial.

Ex-presidente Jair Bolsonaro - Ainda influente

Para Jair Bolsonaro (PL), o Tarot aponta volatilidade. “O Louco indica liberdade de ação e imprevisibilidade. Mesmo preso e fora da disputa, Bolsonaro pode surpreender, mas também corre risco de dispersão”, afirma Rui Pereira. A força política existe, mas depende fortemente de carisma e narrativa direta. O Mundo mostra visibilidade máxima. “Mesmo fora do poder, ele segue como figura de enorme repercussão nacional, capaz de influenciar eleições estaduais, inclusive em Alagoas”, avalia. Já a Temperança impõe condição. “O impacto real depende de negociação e alianças. Sem moderação, a força tende a ser neutralizada”, diz o tarólogo.

Presidente Lula - Avanço condicionado

Sobre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Rui Pereira afirma que o ciclo será marcado por avaliação intensa. “O Julgamento mostra que Lula entra em 2026 sendo avaliado pelo eleitorado. O passado, o legado e as decisões recentes pesam fortemente”, explica. A Força indica resiliência. “Apesar das pressões, há energia, carisma e capacidade de resistir. Ele sabe enfrentar disputas difíceis”, avalia. Por fim, o Carro aponta avanço condicionado. “Há ambição e movimento, mas tudo depende de controle estratégico. Popularidade sozinha não resolve”, afirma. Segundo o tarólogo, o sucesso de Lula em 2026 dependerá da capacidade de manter foco, articulação política e disciplina diante de um ambiente de julgamento constante.


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