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Em Alagoas, PP se divide entre Lula e Tarcísio em disputa por 2026
Partido quer indicar vice em eventual chapa presidencial e romper com o governo
O Partido Progressistas (PP) vive um impasse interno. A cúpula nacional da legenda, controlada por lideranças do Centrão, pretende lançar o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), como candidato à Presidência da República em 2026 — e já articula a indicação do vice-presidente na chapa. A decisão, no entanto, inclui uma exigência polêmica: obrigar diretórios estaduais e municipais a fazer oposição ao governo Lula (PT).
O movimento não é bem recebido por parte da base do partido, especialmente entre políticos e ministros com indicações no governo federal, que veem na proximidade com o Planalto uma estratégia eleitoral mais segura, em meio à recuperação da popularidade do presidente Lula.
Na Caixa Econômica Federal, por exemplo, o presidente Carlos Vieira foi indicado pelo ex-presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL), uma das figuras centrais do Centrão. Lira, que ainda exerce forte influência sobre o PP e o União Brasil em Alagoas, tenta manter equilíbrio entre o lulismo e o bolsonarismo — de olho em uma eventual candidatura ao Senado em 2026.
O União Brasil, que também decidiu retirar seus indicados dos cargos do governo, enfrenta crise semelhante. A situação trava inclusive a criação da federação União Progressista, projeto que uniria os dois partidos, mas que não avança por divergências regionais e eleitorais.
A principal resistência vem de parlamentares que dependem da aliança com Lula para garantir palanques e recursos nos estados. O resultado é um racha interno que expõe a fragilidade do bloco e as diferentes estratégias para 2026.



