O ex-presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), foi, nesta semana, alvo de uma montagem que viralizou nas redes sociais. Na imagem manipulada, o parlamentar aparece em uma fila de embarque de aeroporto segurando uma bolsa da marca Hermès, avaliada em cerca de R$ 346 mil. Em outras versões que circulam online, o acessório é substituído por uma bolsa da grife Prada.

A assessoria de Lira afirmou que “só trata de assuntos institucionais”, sem comentar o episódio. O deputado, que se prepara para disputar uma vaga no Senado em 2026, viu seu nome novamente no centro de debates sobre o impacto das imagens falsas na política.

Segundo o portal Metrópoles, a proliferação de montagens e conteúdos fabricados por inteligência artificial preocupa especialistas e estrategistas eleitorais, que preveem uma enxurrada de desinformação digital durante a campanha de 2026. O Brasil ainda não possui uma legislação específica que regule o uso de IA em contextos eleitorais.

Em dezembro de 2024, o Senado aprovou o Marco Legal da Inteligência Artificial, mas o projeto segue sem votação na Câmara dos Deputados. Atualmente, o único instrumento jurídico que aborda o tema é uma resolução do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) criada para as eleições municipais de 2024. O texto proíbe a divulgação de conteúdo manipulado “com potencial para causar danos ao equilíbrio do pleito ou à integridade do processo eleitoral”.