Mesmo ocupando posições de destaque na política alagoana, o ministro dos Transportes Renan Filho (MDB) e o prefeito de Maceió João Henrique Caldas (PL), o JHC, vivem momentos distintos, mas cada vez mais interligados, no cenário político do estado. Enquanto Renan mantém influência no governo federal, JHC desponta nas redes sociais e aparece com força nas pesquisas de intenção de voto.

Uma nova pesquisa do Instituto Falpe, divulgada nesta segunda-feira, 3, apontou um empate técnico entre os dois possíveis candidatos ao Governo de Alagoas em 2026. Segundo o levantamento, que abrangeu 37 municípios de todas as regiões do estado, 45,25% dos entrevistados afirmaram que votariam em JHC, enquanto 44% declararam apoio a Renan Filho. Outros 3% responderam “nenhum” e 7,75% não opinaram.

O levantamento foi realizado entre os dias 24 de outubro e 2 de novembro, com 2.888 eleitores, e tem margem de erro de 3,5 pontos percentuais, para mais ou para menos, com nível de confiança de 95%.

O resultado reforça o equilíbrio na disputa e acontece em meio ao anúncio da pré-candidatura de JHC ao governo do estado. O prefeito já confirmou a intenção de disputar o cargo em 2026 e vem ampliando sua presença em eventos regionais, numa estratégia para consolidar apoio fora da capital.

Em contraste, o ministro Renan Filho enfrenta desafios na percepção pública nacional. Uma pesquisa recente da CB Consultora Opinión Pública, da Argentina, que avaliou a popularidade dos ministros do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT), apontou que apenas 22% dos entrevistados avaliaram positivamente sua gestão no Ministério dos Transportes, enquanto 49,6% declararam opinião negativa.

Nas redes sociais, JHC também mantém vantagem: o prefeito soma cerca de 757 mil seguidores no Instagram, contra 607 mil de Renan Filho. O engajamento digital e os índices de aprovação acima de 80% em levantamentos locais, como os do próprio Instituto Falpe e da AtlasIntel, consolidam a imagem do gestor como um dos prefeitos mais bem avaliados do país.

O cenário revela uma disputa acirrada entre os dois principais nomes da política alagoana, um com atuação nacional e trajetória consolidada em Brasília, e outro com forte apelo popular e presença digital expressiva.