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Advogado cita caso Collor ao criticar prisão preventiva de Bolsonaro
Defesa questiona diferença de tratamento entre os dois ex-presidentes
O advogado Paulo Cunha Bueno, que integra a defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro, afirmou neste sábado, 22, que considera “inconcebível” que o ex-senador por Alagoas Fernando Collor de Mello cumpra prisão domiciliar enquanto Bolsonaro permanece detido na Superintendência da Polícia Federal, em Brasília.
A declaração foi feita após uma visita ao ex-presidente, preso preventivamente por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A decisão atendeu a pedido da Polícia Federal, que apontou risco à ordem pública.
Segundo o advogado, a comparação se baseia nas condições de saúde de ambos. Collor foi preso em abril após condenação a oito anos e dez meses pelo STF e, uma semana depois, obteve autorização para cumprir a pena em casa por questões médicas, como apneia do sono e doença de Parkinson.
Cunha Bueno também afirmou que Bolsonaro não teria condições de fugir, citando a presença constante de agentes federais na porta de sua residência. Ele evitou comentar o episódio em que Bolsonaro admitiu ter tentado romper a tornozeleira eletrônica com um ferro de solda.
Na decisão que resultou na prisão preventiva, Moraes citou o alerta de violação do dispositivo eletrônico e o risco de tumulto decorrente de uma vigília convocada pelo senador Flávio Bolsonaro no condomínio onde o ex-presidente cumpria prisão domiciliar.



