Salários injustos
O ex-prefeito de Craíbas, Ediel Leite, criticou o novo concurso público da Prefeitura, afirmando que os salários oferecidos desvalorizam profissionais de nível superior e não estimulam a qualificação. Segundo ele, funções técnicas, como assistente social, psicólogo e educador físico, receberão o mesmo valor ou até menos que outras ocupações com menor exigência de escolaridade. Ediel ressaltou que sua crítica não desmerece nenhuma profissão, mas visa apenas garantir uma valorização justa para todos.
Carga extensa
O ex-prefeito questionou também a jornada de 40 horas semanais para funções técnicas, com remuneração de R$ 1.518,00. Para Ediel, o valor não compensa o deslocamento, alimentação e esforço exigidos, especialmente para profissionais que vêm de outras cidades. Ele alertou que a carga horária e o salário baixo podem desmotivar candidatos qualificados, tornando o concurso pouco atrativo e prejudicando a qualidade dos serviços públicos prestados à população.
Vagas limitadas
Ediel ainda criticou o número reduzido de vagas — apenas 280 — diante do grande contingente de servidores efetivos, contratados e comissionados em Craíbas. Ele afirmou que o edital não resolve a questão da contratação irregular e mantém privilégios da gestão atual. O ex-prefeito anunciou que levará o caso ao Ministério Público e à Câmara Municipal, defendendo a revisão do concurso e a valorização de todos os profissionais, como forma de garantir transparência e justiça na administração pública.
Aprovado por unanimidade
O Conselho Universitário da Universidade Federal de Alagoas (Consuni) aprovou por unanimidade a criação de cotas destinadas a pessoas transexuais nos cursos de graduação. A medida, considerada histórica pela instituição, será aplicada já no processo seletivo do Sisu-Ufal de 2026, garantindo vagas reservadas para estudantes trans. A decisão representa um marco na política de inclusão da universidade e abre novas oportunidades para grupos historicamente excluídos do ensino superior.
Debates e polêmicas
A aprovação gerou debates e polêmicas imediatas. Representantes estudantis e o reitor Josealdo Tonholo celebraram a iniciativa, ressaltando a importância da medida para ampliar a inclusão e promover igualdade de oportunidades. A estudante Malê Feijó, pessoa trans não binária, afirmou que a medida simboliza “novos caminhos e oportunidades para estudantes trans”. Por outro lado, parlamentares da oposição criticaram a política, questionando sua fiscalização e a possibilidade de fraudes, além de se posicionarem contrários à criação de cotas baseadas em identidade de gênero.
Justiça social
Deputados favoráveis afirmaram que as cotas são instrumentos de justiça social, capazes de corrigir desigualdades históricas e promover maior equilíbrio de oportunidades. Eles lembraram que políticas similares, como cotas raciais e rurais, buscam garantir acesso a grupos tradicionalmente marginalizados. A Ufal reforçou que acompanhará de perto a implementação da política, garantindo transparência e que as vagas destinadas a estudantes trans sejam preenchidas de forma justa e eficiente, consolidando um ambiente acadêmico mais inclusivo.
Novas loterias
Os municípios alagoanos de Junqueiro e Jundiá passaram a adotar loterias próprias como alternativa para aumentar a arrecadação. A iniciativa segue o exemplo de outras cidades do estado, como Novo Lino, Inhapi, Piaçabuçu e Olho d’Água do Casado, que já utilizam jogos municipais para gerar recursos. Em Junqueiro, a criação da loteria foi oficializada pela Lei nº 863/2025, publicada recentemente no Diário Oficial dos Municípios.
Regras definidas
Em Jundiá, a lei que autorizava a loteria já existia desde 2025, mas agora foi regulamentada por decreto, que detalha as normas de funcionamento, fiscalização e destinação dos recursos. O decreto também estabelece a alíquota mínima do ISSQN para o setor. As cidades poderão explorar modalidades de jogos previstas na legislação federal, incluindo loterias numéricas, prognósticos esportivos e loterias instantâneas, de forma presencial, eletrônica ou online.
Recursos próprios
Os valores arrecadados pelas loterias municipais serão destinados à Seguridade Social e ao financiamento de políticas públicas nas áreas de saúde, educação, assistência social, cultura, esporte e segurança. Parte do recurso será utilizada para pagamento de prêmios, tributos e despesas operacionais. A medida é vista como uma forma de reforçar a receita local e garantir investimentos em serviços essenciais para a população.
Projeto de lei
O deputado federal Daniel Barbosa votou favoravelmente ao projeto de lei que aumenta gradualmente a licença paternidade de cinco para 20 dias. A proposta foi aprovada na Câmara dos Deputados e agora segue para análise do Senado Federal.
** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do EXTRA



