Jornalista, escritor, colunista do Jornal Extra, Tribuna do Sertão e presidente do Instituto Cidadão.

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Campanha politica em Alagoas não deve ser assistida por menores de idade

28/12/2025 - 14:34
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PARA REFLETIR

Campanha politica em Alagoas não deve ser assistida por menores de idade. Haverá cenas impróprias e imorais, em abundância.

O golpe

A oposição já fez as contas e sabe que não derrota Luiz Inácio Lula da Silva no voto popular. Diante disso, mudou de estratégia. O plano passa longe das urnas: o foco é conquistar maioria no Senado, criar um ambiente permanente de crise institucional e, sob o verniz de uma suposta “legalidade”, tentar um golpe parlamentar. A intenção seria dupla: retirar Lula da Presidência por meio de processos políticos artificiais e cassar ministros do Supremo Tribunal Federal, numa ofensiva direta contra a democracia e a separação dos Poderes. Não se trata de oposição legítima, mas de uma conspiração aberta contra o resultado das eleições e contra o Estado de Direito.

A volta de Dirceu

Na rodada de substituição de cerca de 21 ministros do governo Lula que devem disputar as próximas eleições, cresce nos bastidores do poder a aposta em um movimento de alto impacto político: a volta do ex-ministro José Dirceu ao Palácio do Planalto.

Dirceu é citado como nome provável para assumir a Casa Civil, no lugar de Rui Costa. Caso se confirme, será um gesto forte de Lula, sinalizando centralização política, resgate de um operador experiente e disposição para enfrentar, sem meias-palavras, o desgaste inevitável que a escolha provocará no ambiente político e midiático.

Traição registrada

O ex-prefeito de Palmeira dos Índios, o radialista Júlio Cezar, sem fugir ao estilo do seu caráter nada republicano e historicamente subserviente aos poderosos de plantão, protagonizou mais um episódio lamentável da política local: traiu, de forma covarde, o deputado federal Marx Beltrão. Foi Marx Beltrão quem sustentou a tresloucada administração de Júlio Cezar, garantindo verbas, serviços e um expressivo volume de recursos públicos que mantiveram o governo de pé. A ingratidão, embora não surpreenda quem conhece a figura e sua trajetória errática, não deixou de causar impacto.

Vitória da moralidade

A decisão do ministro Flávio Dino de impor freios definitivos ao chamado orçamento secreto representa um marco na defesa da transparência e do interesse público. Trata-se de um golpe certeiro contra um dos mecanismos mais perversos de desvio de recursos, usado para alimentar barganhas políticas, enfraquecer o controle social e corroer a confiança nas instituições.

Ao exigir rastreabilidade, publicidade e critérios republicanos na destinação das verbas, a medida recoloca o dinheiro público sob a luz da Constituição e da moralidade administrativa. É uma vitória do Estado de Direito sobre a opacidade, da cidadania sobre o balcão de negócios, da democracia sobre a captura do orçamento por interesses privados.

Abandono de animal


Em Maceió, existência de uma secretaria extraordinária do bem-estar animal é apenas mais um cabide de emprego para acomodar aliados sem a menor aptidão para cuidar do assunto tão importante e tão carente desde o primeiro mandato do prefeito JHC. Servindo apenas com uma precária Unidade de Vigilância de Zoonoses, com enormes deficiências estruturais e falta de pessoal especializado, a gestão despreza a atenção aos animais, principalmente aos e cães e gatos, que têm invadido a cidade, com riscos de epidemia à população.

Os três patetas

Damares Alves, Eduardo Girão e Magno Malta apelidados nos bastidores de “os três patetas do Senado” tentam emplacar, a qualquer custo, uma CPI para arrastar o nome do ministro Alexandre de Moraes para o escândalo envolvendo o Banco Master. A iniciativa soa menos como busca por esclarecimentos e mais como vendeta política. O ódio visceral dos bolsonaristas contra o ministro é tamanho que ele passou a ser tratado como culpado universal: tudo de errado no país, na narrativa desse grupo, desemboca em Moraes. A CPI, nesse contexto, parece mais um instrumento de perseguição do que de fiscalização, barulho político para consumo da militância, sem fatos novos e com objetivos bastante previsíveis.

HORA H

O Hora H, novo programa da grade de jornalismo da CNN Brasil, sob o comando de Thais Herédia, ainda não conseguiu acompanhar o padrão de qualidade que a emissora costuma entregar. Falta à âncora o traquejo necessário para conduzir o noticiário com firmeza, ritmo e autoridade editorial. Nos bastidores, a avaliação é dura: se não houver ajuste rápido, o programa corre sério risco de sair do ar em pouco tempo.

Vereadores de Maceió

Na Câmara Municipal de Maceió, os vereadores não perdem tempo quando o assunto é cuidar do próprio umbigo. Aumentaram o duodécimo, criaram cargos, engordaram os gabinetes e ampliaram despesas sem pudor. Trabalhar de verdade, fiscalizar o Executivo e responder às demandas da cidade, isso continuam detestando. Para a população, sobra o custo; para eles, o conforto.

Todos com medo

Segundo o senador Alessandro Vieira (MDB-SE), os três Poderes estariam acuados diante dos possíveis respingos do escândalo envolvendo o Banco Master. O clima de cautela, para não dizer medo, ajuda a explicar por que é considerada remota a instalação de uma CPI sobre o caso. Nos bastidores, a avaliação é de que há mais disposição para abafar do que para investigar.

Um algoz no TC

Se os servidores do Tribunal de Contas votassem, o presidente Fernando Toledo só teria os votos do seu gabinete. Se comporta como um algoz para com aqueles valorosos técnicos, que carregam a sinecura nas costas. E tem um preconceito injustificado com os aposentados. O TC é sempre o último a pagar os salários dos servidores, mesmo recebendo o gordo duodécimo bem antes, na data dos demais órgãos. Não se sabe com qual intenção guarda a grana no banco, naturalmente rendendo uma boa fatia. A diferença salarial, devida aos servidores. ainda não foi paga e está gerando protestos. Por lá estão sentindo saudades do presidente Otávio Lessa, que dedicava uma relação respeitosa com os servidores. O lema de Toledo é “pra nós (os conselheiros) tudo e pra quem realmente trabalha nada”.

Um péssimo exemplo de gestor.

Pílulas do Pedro

Até quando o prefeito JHC vai continuar com esse jogo de “esconde esconde” em relação a sua candidatura? Aliados começam a se inquietar.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do EXTRA


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