Quem acredita em pesquisa?

Há muitos anos acompanho as eleições no Brasil e as pesquisas. É uma loucura! São vários institutos do ramo, quase sempre ligados a partidos políticos ou a grupos econômicos.

Há dois meses vêm surgindo vários levantamentos de possíveis resultados. Quase sempre o Partido dos Trabalhadores encomendava pesquisas e, normalmente, Lula estava ganhando, havendo possibilidade de vencer no primeiro turno.

Paralelamente, o outro lado providenciava estudos a respeito das próximas eleições. A vitória de Lula não era tão certa assim. Ou então, Bolsonaro ia subindo. O eleitor fica em dúvida, sem saber em quem acreditar. Principalmente o tipo de criatura que só vota em quem pode vencer o pleito.

Lembro-me de uma eleição para governador de Alagoas. Concorriam Renan Calheiros e Geraldo Bulhões. O presidente do Brasil era Collor. Ele apoiou Calheiros e a mulher dele deu apoio a Bulhões. As pesquisas diziam que o primeiro estava na frente e seria o vencedor. Ledo engano: urnas apuradas, GB foi eleito para dirigir nosso estado. Grande decepção para os Calheiros e o sonho de Renan virou fumaça.

Quando Bolsonaro foi eleito presidente da República, nunca esteve bem nas pesquisas. No final, com medo de desmoralização, os institutos de pesquisa começaram a emplacar a subida do candidato àquele cargo.

Outro fato interessante são as perguntas feitas aos eleitores, com a pura intenção de derrotar o 22, candidato do PL. Em nenhum momento as respostas são negativas para o Lula. As pessoas menos esclarecidas acreditam em tudo que a Rede Globo divulga. Os jornalistas da empresa dos Marinho sentem prazer em criticar o atual presidente, inclusive, chamando-o de apelidos agressivos.

Se você sintoniza a TV Jovem Pan, os resultados são diferentes. Nem sempre o candidato do PT está na frente, ou então está caindo e o presidente subindo. Hoje, 13 de setembro, já noticiou empate técnico. Quem faz as pesquisas da JP não encontra o mesmo resultado da Globo. É um jogo de fantasia, imaginário!

Em Alagoas, Collor está subindo e Paulo Dantas estacionou, dizem uns. De repente, vem outra pesquisa bem diferente. E o povo fica assustado!

Impossível que os alagoanos queiram Collor. Quando saiu para a Presidência deixou o Estado sofrido, com os cofres vazios. Penamos sete meses sem salário, com uma inflação nas alturas. Além de ter assinado o célebre Acordo dos Usineiros, diminuindo nossa arrecadação em 65%. Recordar é viver!

Renan Filho está bem nas pesquisas para senador e seus concorrentes são fracos. O ex-governador deixou o Estado bem de finanças, pagou em dia o servidor público, construiu vários hospitais e melhorou a educação. Vale a pena votar nele. Independentemente das pesquisas, fez uma boa gestão.

Paulo Dantas não deve vencer no primeiro turno, mas tem chances de se reeleger. Se continuar o trabalho de Renanzinho, já valeu a pena. Por incrível que pareça, está liderando as pesquisas.

Não sei como vão os outros candidatos a chefe do Poder Executivo de Alagoas e ao Senado da República, mas entendo que não sairão vitoriosos, ganharão experiência e poderão ser secretários de Governo, numa eventual composição política no segundo turno.

As eleições estão chegando, as pesquisas se multiplicam, umas divergentes das outras. Vamos ver quais serão os resultados finais.

Se Bolsonaro vencer, os institutos de pesquisa vão fechar ou mudar de nome como tem acontecido. Se Lula ganhar, eles, os institutos, vão sobreviver.

Espero que Deus conduza tão difícil eleição.