colunista

Elias Fragoso

Economista, foi prof. da UFAL, Católica/BSB, Cesmac, Araguaia/GYN e Secret. de Finanças, Planej. Urbano/MCZ e Planej. do M. da. Agricultura/DF e, organizador do livro Rasgando a Cortina de Silêncios.

Conteúdo Opinativo

Uma nesga na bruma fétida e purulenta que tomou conta do Brasil

07/11/2021 - 07:42

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Lula Marques / AGPT
Sergio Moro durante depoimento na comissão de reforma do Código de Processo Penal
Sergio Moro durante depoimento na comissão de reforma do Código de Processo Penal

Sérgio Moro chegou ao Brasil vindo dos Estados Unidos onde trabalhava num dos mais importantes escritórios de advocacia do mundo e vai se filiar ao Podemos no dia 10, na próxima quarta-feira, portanto. Apenas esse singelo movimento do ex-juiz, que sequer anunciou se será candidato a alguma coisa, detonou as mais viscerais e raivosas manifestações dos seus inimigos, ou seja, corruptos, ladrões, patifes, velhacos, enfim, a sucia que se apossou do Brasil há muito tempo e infelicita e inferniza a vida do resto da população. E olhe que Moro sequer abriu a boca no tocante a candidatura. Que, no limite, pode até não acontecer.

Os políticos corruptos brasileiros, isto é 95% deles tem ódio de Sérgio Moro. Visceral, sabem que com ele a frente da Nação, a roubalheira será combatida frontalmente. Pior, não vão conseguir se reelegerem comprando votos, única forma que tem de levar para o planalto central suas incompetências, baixas qualificações e ladroíces mil. Que ele acabaria a mamata.

Advogados que ganham dinheiro com corruptos e os que são corruptos mesmo – tem ódio de Sérgio Moro. Visceral, doentio, invejoso.

Petistas-raiz e Bolsonaristas-raiz, têm ódio de Moro. Ou seja, os fanatizados por Lula que fingem não enxergar quem é o sujeito pego com a mão na botija dos recursos públicos, preso pelo ex-juiz e condenado por ter roubado o Brasil e, os fanáticos da extrema direita que tentam impor suas ideias nazifascistas ao país.

Toda a malta corrupta que vareja em torno da política e dos políticos tem ódio de Sérgio Moro, sabem que com ele vai ficar tudo muito mais difícil em termos de gatunagens. E podem até serem presos.

O judiciário também o teme. Basta acompanhar as filigranas que o Supremo vem tentando fazer para impor ao juiz a pecha de criminoso. Bem ao estilo faroeste em que tentam transformar esta grande Nação. Como temem os golpistas, os milicianos, os barões nacionais da droga incrustados no poder público tentando transformar este país numa nova Colômbia ou México (já elegem governadores, prefeitos deputados federais e estaduais e vereadores país afora).

A casta do funcionalismo e seus salários e benesses de nababos mais ainda. Sabem que além de perder as boquinhas podem ter que devolver o que se apropriaram irregularmente e, no limite, perder até seus empregos.

Os empresários chapa-branca acostumados a mamar nas tetas da “viúva” ou se beneficiarem de incentivos fiscais graciosos (para eles, mas mortais para as contas públicas) também entram na lista dos que apostam na não viabilização da candidatura do ex-juiz.

Todo esse ódio, fúria, repulsa, rancor deriva de uma fonte: o viés legalista e anticorrupção de Moro. Visceralmente contrário ao modus operandi dos delinquentes de sarjeta e dos de colarinho branco ou toga preta. E contra 500 anos de impunidade e impudicia e falta de decoro dessa gente acostumada a viver pendurada nas tetas do Estado. Simples assim.

A simples menção da candidatura de Moro, já faz com que esse bando de sicários que maculam seus mandatos ou postos públicos com transações nojentas, vis, ladravazes, acelerem o passo sabedores que se Bolsonaro ou Lula não ganharem, a “festa” vai acabar, então haja corrida para completarem o butim e deixarem este país ainda mais à míngua. Igual fizeram os petistas. Bolsonaro e Lula são as duas faces da mesma moeda corrupta, ladravaz que inferniza este país desde sempre.

Mas afinal, quantos são todas essas figuras malsãs? 200 mil? 500 mil? Não passam, somadas todas as maltas, de 1 milhão de celerados. Isso mesmo, não passa disso, apesar de não haver estatística para corruptos, arriscamos a dizer que esse número não ultrapassa a 1 milhão de ladravazes e bandidos encrustados no poder público e dele se beneficiarem irregularmente.

Que não querem que esta Nação, os outros 214 milhões de brasileiros tenham o direito de sonhar com um futuro melhor para eles e o Brasil. Que obstaculizam o livramento de 99,5% da população dos grilhões impostos por eles em nome do Estado. Que assassinam o direito a um futuro decente para nossos filhos e netos (por que os nossos, eles já conseguiram frustrar).

São eles que não querem um Brasil pujante, desenvolvido. Defendem com unhas e dentes o atraso, a violência, a pobreza extrema para mais de 100 milhões de pessoas, a droga campeando, pululando em todos os recantos dos mais sórdidos ao “gran monde”, a corrupção ativa corroendo os pilares da Nação.

Como se vê Moro não vai ter vida fácil.

E muito trabalho se quiser ser eleito. Moro é uma liderança inequívoca que surge. E a meu ver a melhor opção dentre os 10 pretensos candidatos a ser a “terceira via”. Uma nesga na bruma fétida e purulenta que viceja neste país nos últimos 20 anos. Não há duvida quanto a isso.

Mas seus inimigos são muitos e poderosos e não medem consequências. A eles só interessam que o poder permaneça com um dos seus, seja Lula ou Bolsonaro. O que eles querem mesmo é a liberdade para continuar – sem ser interrompida - a pilhagem da Nação.

É certo também que Moro, se candidato, precisa alargar sua plataforma e sair do viés da segurança e da moralidade na gestão pública. Pela simples razão que o vulgo (assim como o resto da Nação não entorpecida ou enganada pelo canto de sereia Petista ou pelo disfuncional discurso Bolsonarista), demanda sonhar com um Brasil diferente, melhor, com costumes políticos civilizados e sem mordomias.

Que retire da miséria a maior parte das pessoas, que espera alguém que tenha um PROJETO DE NAÇÃO que una em torno de si a maioria da população, e que este povo se enxergue na rota proposta para fazer o Brasil – finalmente – dar um cavalo de pau nesse seu passado de ignomínias a ele foi exposto por uma fração infinitesimal de descarados e, rumar na direção do desenvolvimento justo e equânime.

Desnecessário dizer que seu entorno de campanha deve ser o de pessoas qualificadas, de alto nível. Deve, se possível, deve no primeiro discurso de candidato – se ele vier a ser - entregar à Nação os pilares da sua gestão. Acabar com a reeleição e aprovar mandato de 5 anos para o próximo presidente. E, aprovar o voto distrital, única forma de acabar com essa bandalha parlamentar que vivemos sob o rótulo de presidência de coalização.

No mesmo pacote de medidas criar uma comissão constituinte e reformar essa coisa que Ulisses nos legou e que deu no que aí está (até por que se não fizer, nada que propor vai resolver o problema central do país); Como também o inicio imediato da tramitação (com prazo de máximo estabelecido) para a aprovação das reformas tributária, previdenciária, trabalhista e a maior delas (neste momento), a reforma administrativa, a reforma do estado brasileiro perdulário, disfuncional e lotado de castas que terão que acabar. Essas reformas tem que vir com viés que atendam aos interesses da Nação e não dos encastelados de sempre.

Ele também precisa aclarar a sua posição na economia Liberal? Estatizante? E apontar com como fará para recuperar o emprego, gerar novas ocupações, e alimentar as pessoas, mas sem perder de vista um bom programa de investimentos, o controle do orçamento, a fiscalização da coisa pública e uma visão de Brasil caminhando em direção ao desenvolvimento. Afinal.

Que Moro é – disparado – o melhor nome para congregar as forças anticorrupção, anti PT, anti Bolsonaro, anti Brasil, não resta a menor dúvida. Um sujeito decente, de moral ilibada, de quem se desconhece falcatruas.

Mesmo quando numa estranha, suspeita e avassaladora blitz para livrar Lula da prisão, certos setores do Supremo, da advocacia de resultados, petistas e outras figuras de proa da “entourage” das sombras de Brasília, tentaram assacar contra sua honorabilidade de juiz com “provas” geradas por hackers, um jornalista americano, mas petista no Brasil, com restrições para circular no seu próprio país e mais a “mídia” (sic) Bolsonarista e os jornalistas petistas.

Nesse sentido, o insuspeito advogado Modesto Carvalhosa, uma reserva moral da advocacia deste país afirmou: “O Moro não teve arranhão nenhum em sua idoneidade. Mesmo porque as sentenças que ele produziu para denunciar o esquema de corrupção no Brasil continuaram íntegras quanto às suas provas e à sua razão de ser”. E ele conclui: “O escândalo é ter um Supremo Tribunal Federal dessa espécie no Brasil e não a conduta do Moro e dos procuradores da Lava Jato. O Supremo virou um grande partido politico, o partido da impunidade”. Bingo!

Não sabemos se Moro será candidato. Mas não duvidamos que se isso não acontecer, é por que venceram as forças que pilham este país por todos os nossos poros, que pagamos a conta.

Acreditamos nas ideias transformadoras, em gente de bem, competentes e preparadas para assumirem os destinos da Nação. É a força das ideias e a urgente, imperiosa necessidade de defenestrar as forças corruptas encrustadas na máquina pública em todos os seus níveis, o motivador para que se encontre rápido o nome certo para dirigir esta grande Nação a partir de 2023.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do EXTRA


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