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Elias Fragoso

Economista, foi prof. da UFAL, Católica/BSB, Cesmac, Araguaia/GYN e Secret. de Finanças, Planej. Urbano/MCZ e Planej. do M. da. Agricultura/DF e, organizador do livro Rasgando a Cortina de Silêncios.

Conteúdo Opinativo

Os números não mentem

14/11/2021 - 12:28
Atualização: 14/11/2021 - 12:31

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Agencia Brasil
Bolsonaro
Bolsonaro

É crescente a impopularidade de Bolsonaro. Pesquisa EXAME/IDEIA da sexta feira (12) crava que 52% dos eleitores acham o governo Bolsonaro ruim/péssimo e 54% desaprovam o seu trabalho. Dados que batem com a pesquisa GENIAL/Quest da quarta-feira (10) que mediu a avaliação negativa do presidente em 56%, 11% a mais que a da pesquisa anterior, de agosto. 

Já a pesquisa Poder/Data da quinta feira (11) indica que a avaliação de ruim/péssimo de Bolsonaro já chega a 57%. Como se vê há clara confluência dos números. O que bate com a “sangria” que ele vem sofrendo em termos de apoios em todos os segmentos da sociedade.

São números que – com clareza meridiana – revelam que o véu da desinformação e das fake news bolsonaristas foi rompido. As pessoas acordaram para esse tipo doloso de desvirtuamento da política que submete o cidadão, que passou a compreender o tipo de política destrutiva imprimido pelo presidente.

Ele tem falhado em tudo, na pandemia, na área social, na educação, na ambiental onde de quebra “queimou” a imagem do país no mundo, arrebentou com a economia e está levando o país para uma tragédia, enfrentou e perdeu a batalha com o judiciário, perdeu significativos apoios entre os militares, perdeu apoios importantes com o seu golpismo criminoso, desmontou as estruturas de controle do Estado em seu benefício e dos filhos, associou-se ao Centrão-Ladrão para roubar o país e acaba de anunciar que vai se filiar ao partido liderado pelo mais notório corrupto da política nacional.

E ainda tem a cara de pau de querer se reeleger depois de tanta infâmia. Já perdeu o apoio de significativas áreas dos evangélicos, do agronegócio, da maior parte dos empresários, da área da saúde, do pessoal da educação, a lista é grande.

Estudo realizado pelo Instituo IDEIA constatou que a relação entre o índice de aprovação e a reeleição de governadores desde 1988, mostra que quando a avaliação positiva do candidato ficou abaixo de 20%, tão somente 11% daqueles, vieram a se reeleger... Tem mais: desde FHC todos os presidentes reeleitos tinham aprovação superior a 30%, até aquela coisa de um neurônio só. Índices de rejeição superiores aos que tem Bolsonaro hoje...

Mas o que fica ruim mesmo prá ele é o estudo da reputada consultoria internacional Ipsos Public Affairs com base em 300 votações majoritárias realizadas em distintos lugares do planeta. Que concluiu que o candidato que está no cargo é imbatível quando conta antes das eleições com aprovação de 40% do eleitorado. Se o apoio for de 30%, a chance cai para 19%. E se for de 25% o apoio, suas possibilidades de reeleição caem para tão somente 8%. É onde se encontra Bolsonaro.

Ou seja, para ser reeleito nas condições atuais, Bolsonaro teria que ter um desempenho excepcional daqui prá frente na sua gestão. Não vai acontecer. Nem mesmo com a implementação do famigerado Auxilio Brasil que para vingar levou de roldão o resto dos pilares da economia. 

Pior é que a merreca que ele vai dar de esmola já vai chegar nas mãos das pessoas sem valor, corroída pela inflação galopante que ele mesmo fabricou. É claro que ainda há muito chão daqui para frente, mas, o surgimento de Moro que deve empolgar a terceira via é mais uma preocupação para quem já vem perdendo apoios em todos os segmentos. O mito se esvai. Ainda bem para o país.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do EXTRA


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