colunista

Elias Fragoso

Economista, foi prof. da UFAL, Católica/BSB, Cesmac, Araguaia/GYN e Secret. de Finanças, Planej. Urbano/MCZ e Planej. do M. da. Agricultura/DF e, organizador do livro Rasgando a Cortina de Silêncios.

Conteúdo Opinativo

Sociedade rejeitou plano da Braskem

12/03/2023 - 08:44

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Afrânio Bastos
Braskem em Maceió
Braskem em Maceió

Há coisa de dois meses, o alagoano acordou e viu nas manchetes dos jornais locais e em outras mídias a denúncia da tentativa de manipulação pela Diagonal em conluio com a Braskem da “Escuta Pública” que seria “dirigida” para convidados especiais das duas empresas e bloqueada – na visão tacanha dos seus dirigentes – à “oposição”. Que é nada menos que a população da cidade, as pessoas atingidas diretamente pelo megadesastre provocado pela empresa, profissionais e técnicos em geral envolvidos com o tema. Ou seja: o povo!

Simultaneamente à época, a prefeitura (que havia recebido de antemão o documento com as propostas sociourbanísticas elaboradas pela dupla Diagonal e Braskem – que fica se escondendo por detrás da primeira, para evitar o desgaste que está sendo imposto à sua contratada) rejeitou liminarmente a proposta por tecnicamente insuficiente, metodologicamente falha e por não atender às necessidades do órgão municipal para a cidade.

Mesmo sabedores disso, as empresas armaram o circo para realizarem o que seria a tal “Escuta Pública” dirigida que, por certo, aprovaria as propostas e vamos que vamos com a boiada! Não levaram em conta que algumas das pessoas que eles “convidaram” (e recomendaram sigilo à reunião no convite) teriam a hombridade e o espírito público necessários para procurar a mídia e denunciar a maracutaia.

Agora, sabe-se porque tanto subterfúgio: o documento vazio, tecnicamente incompetente (domingo detalhamos o mesmo) e absurdamente surreal gastou mais de 650 páginas de platitudes e redundâncias para chegar à conclusão que a Prefeitura de Maceió terá que executar os projetos que eles sequer indicam longinquamente no documento, transferindo diretamente a responsabilidade dos seus custos para Maceió, quando se sabe que quem terá que pagar é a Braskem. Mas isso é outro assunto. Que vamos abordar com calma. Outro escândalo!

O documento foi – literalmente – demolido por análises dos técnicos presentes à (afinal) Escuta Pública que, sob os mais diversos argumentos conceituais, técnicos, metodológicos e práticos, rejeitaram o mesmo. Resta saber agora o que eles vão inventar para distorcer o resultado daquela reunião.

Ao invés disso, sugerimos à Braskem que o mesmo seja totalmente refeito, com pessoal técnico local e que obedeçam apenas aos interesses de Maceió e do seu futuro. Mas é claro, isso é quimera! A Braskem vai continuar essa luta burra do nós contra eles que só está lhe trazendo prejuízos e péssimos retornos em termos de imagem.

Acho que os acionistas da empresa precisam considerar nossos alertas e mandar para as cucuias os diretores incompetentes que estão inviabilizando – no limite – a venda da empresa.

De nosso lado, não vergaremos. Vamos até o fim. Nada mais temos a perder. Portanto... Façam o certo, senhores! Chega de odebretchanismos!banner

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do EXTRA


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