colunista

Elias Fragoso

Economista, foi prof. da UFAL, Católica/BSB, Cesmac, Araguaia/GYN e Secret. de Finanças, Planej. Urbano/MCZ e Planej. do M. da. Agricultura/DF e, organizador do livro Rasgando a Cortina de Silêncios.

Conteúdo Opinativo

Dia 2.220

30/03/2024 - 06:00
Atualização: 30/03/2024 - 15:26

ACESSIBILIDADE


Para aqueles que não acompanham de perto o mega desastre provocado pela Braskem em Maceió, no dia 3 de abril de 2024 o fatídico evento alcançará a marca de 2.220 dias sem que praticamente nada tenha sido resolvido (veremos abaixo) por “obra e graça” da intervenções deletérias da Braskem que, como disse em artigo anterior, é um zero à esquerda do ponto de vista da sua participação no PIB de Alagoas (0,4%), mas manda e desmanda. Muito.

Pelo que faz de descabido até parece que por estas paragens é o regulado (a Braskem) quem controla os reguladores, numa inversão total do regramento legal. Que ela somente consegue, diga-se de passagem, através da “cooptação” de alguns maus alagoanos para a defesa de suas insustentáveis posições.

Na verdade, essa empresa sempre tratou os alagoanos e Alagoas com menoscabo e distanciamento. Nunca com o reconhecimento da filha que recebe as tetas da mãe para sugar o leite que lhe dá a vida. No caso, o sal-gema.

Jamais ao longo das mais de duas décadas de onde retirou – agora sabemos – de forma criminosa mais de 700 mil caminhões de sal-gema, o que lhe gerou nesse período lucros estratosféricos derivados da manufatura da nossa matéria-prima próximo das duas centenas de bilhões reais em valores atualizados, essa empresa baiana olhou para esse estado e para a nossa gente com o respeito devido.

O que ela vem fazendo nesses quase 2.220 dias pós-mega desastre com a nossa capital, o nosso estado, a centena e meia de milhares de pessoas afetadas pelo cataclismo, aos oito municípios diretamente impactados pelos reflexos daquele que já é considerado o maior crime ambiental em área urbana do planeta cometido por uma empresa mineradora e, para os quase um milhão de moradores de Maceió, só tem um nome: traição. Ela é como o escorpião que prefere matar quem lhe ajudou na passagem do rio a agradecê-lo pelo favor prestado.

O espaço é curto e vamos ao que prometemos: mostrar alguns números e dados reais do que a empresa NÃO FEZ ATÉ AGORA, diferentemente dos seus cavilosos e mentirosos anúncios e comunicados afirmando que “está cumprindo os acordos com as autoridades”. Acordos que ela escreveu, fez aprovar e que só tem causas para beneficiá-la! O resto? Que se exploda!

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do EXTRA


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