Salvo-conduto concedido a Pazuello estraga o teatro de Renan

A cada manifestação dos componentes da CPI da COVID, principalmente do seu presidente, Senador Omar Aziz (PSD-AM), do seu Vice-presidente, Randolfe Rodrigues (Rede-AP) ou do seu relator, Senador Renan Calheiros (MDB-AL), tem-se a sensação de que suas excelências não estão preocupadas em buscar solução para as eventuais deficiências existentes na política de combate ao coronavírus.

O que está evidenciado, mesmo com o seu pouco tempo de funcionamento, é que essa CPI, a exemplo de muitas outras, não produzirá nenhum resultado benéfico e prático para a população brasileira que, aterrorizada diante de milhares de mortes e da massificação de notícias ruins, aguarda por uma solução, capaz de acalmar a todos e devolver a rotina de vida que lhes foi tirada por esse vírus.

Observa-se, assistindo-se às sessões da CPI da COVID, o comportamento debochado, agressivo e teatralizado de alguns membros da comissão, principalmente do seu vice-presidente e do seu relator. No caso do Senador alagoano Renan Calheiros (MDB), essa CPI surgiu no momento exato, tornando-se numa grande oportunidade para tira-lo do ostracismo político em que se encontrava há muito tempo.

Nas sessões dessa CPI, o ataque raivoso de Calheiros aos seus adversários, aparenta lhe fazer muito bem e, certamente, a prisão de um General do Exército Brasileiro, o ex-ministro da Saúde, médico Eduardo Pazuello, seria o ponto alto da sua vingança contra o Presidente da República, Jair Bolsonaro. Essa estratégia somente não deu certo porque o ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu Habeas corpos preventivo a Pazuello, dando-lhe um salvo-conduto para ir ao Senado Federal depor diante de Renan e dos demais membros dessa CPI.

Ao final, Calheiros, Randolfe, Aziz e outros Senadores a esses aliados, não conseguiram prender o General Pazuello, mas o nocautearam com seus ataques e agressões, levando-o a enfermaria do Senado Federal. É a política brasileira posta em ação, por uma parte dos seus atores.

NOTAS:

JUIZ JONH SILAS: Uma morte muito sentida
O falecimento do Juiz de Direito e professor universitário John Silas da Silva, ocorrido no dia 13/05/2021, em Maceió, aos 70 anos de idade, em decorrência de complicações da Covid-19, comoveu, não apenas seus familiares, mas, também, aos seus colegas de magistratura, membros do ministério público, advogados e jurisdicionados, por onde o magistrado passou exercendo a função de Juiz de Direito.
Pode-se dizer que John Silas foi sempre uma unanimidade no convívio com as pessoas, o que justifica essa grande comoção que o seu falecimento causou no meio jurídico alagoano e nas comunidades onde Silas trabalhou.

ML: Estratégia agressiva para chegar a Assembleia
O pernambucano Thiago Severino Lopes dos Santos, conhecido como vereador Thiago ML (PROS), tem atuado de forma bastante agressiva na rede social com o objetivo de conquistar uma cadeira na Assembleia Legislativa de Alagoas, nas eleições de 2022. ML iniciou sua campanha para Deputado Estadual nas eleições vindouras, logo após assumir seu segundo mandato de vereador de Arapiraca. Reuniu 10 colegas seus, naquela casa, em torno do seu nome com o objetivo de se eleger Presidente da Casa, conseguindo sair vitorioso nessa briga, mesmo perdendo dois aliados políticos para o Prefeito Luciano Barbosa (MDB).
No momento, ML está aparecendo em todos os eventos, promovidos por ele ou não, e está opinando sobre tudo, até sobre matérias que não são da alçada do legislador mirim. É o jogo político. Aparecer sempre para o eleitor como a melhor opção.

MARCIA TIBURI: Defensora dos assaltantes
A filosofa e escritora gaúcha, Marcia Tiburi, candidata a governadora do Rio de Janeiro, nas eleições de 2018, pelo PT, tem aparecido na mídia nacional graças a uma defesa que faz do crime e dos criminosos. Tiburi, quando em campanha eleitoral para Governadora do Rio, repetiu a seguinte declaração: “Eu, por exemplo, sou a favor do assalto! ”. E complementou sua pérola: “Existe uma lógica no assalto: Eu não tenho uma coisa que eu preciso, eu fui dominado pelo capitalismo...”. O fato é que a derrota fragorosa da filosofa gaúcha, que não chegou a receber a 6% dos votos dos cariocas, foi, de certa forma, um recado pela bandidagem do Rio, dizendo que não acreditavam na petista.

ELEIÇÃO NA AMPAL: Ministério Público em campanha
Procuradores e promotores de Justiça de Alagoas estão iniciando campanha eleitoral para disputar o comando da cinquentenária AMPAL-Associação do Ministério Público de Alagoas, que tem como atual presidente o Promotor de Justiça Flávio Gomes da Costa Neto, que preside a associação desde 2017.
A primeira chapa surgida, recebe a denominação de “INTEGRAÇÃO E PROGRESSO”, tendo como candidato a Presidente Roberto Salomão do Nascimento, Vice-presidente Geraldo Magela Barbosa Pirauá, Secretário Lucas Sachsida Junqueira Carneiro, Diretor Financeiro Flavio Gomes da Costa Neto, Diretor Cultural Maurício Amaral Wanderley, Diretor Social Hylza de Paiva Torres Castro, Diretor dos Aposentados Carlos Jorge de Barros. Disputarão o Conselho Fiscal, Lean Antônio Ferreira de Araújo, Luciano Chagas da Silva e Marcus Aurélio Gomes Mousinho.

DE VOLTA ÀS AULAS: Justiça determina a volta às aulas
A Juíza de Direito Soraya Maranhão, titular da Comarca de União dos Palmares, atendendo a um pedido do Ministério Público, que promoveu Ação Civil Pública, pleiteando o retorno imediato das aulas presenciais, nas escolas públicas estaduais de Alagoas.
A decisão da magistrada causou prurido no governador Renan Filho (MDB), que em ato recente colocou os presidiários alagoanos na relação das prioridades para a vacinação contra a COVID-19, deixando de fora professores e alunos. Renanzinho, diz que vai recorrer da decisão da magistrada, entretanto, o Governador anuncia que vai iniciar a vacinação dos professores alagoanos, o que é um excelente resultado decorrente da acertada decisão judicial.