É professor adjunto da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) e cirurgião especializado em cirurgia digestiva. Graduou-se em medicina pela Ufal (1980) e é mestre em gastroenterologia cirúrgica pela Escola Paulista de Medicina/Unifesp. Atua como docente e cirurgião na área de cirurgia digestiva da Ufal.

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Paixão que cura: a nefrologia no jubileu da Medicina Ufal

22/04/2025 - 11:25
Atualização: 22/04/2025 - 11:30
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Texto de MARIA ELIETE PINHEIRO – Titular de Nefrologia da Faculdade de Medicina de Alagoas/UFAL

No Jubileu de Diamante – 75 anos – da Faculdade de Medicina de Alagoas/UFAL, também quero contar a minha história.

Realizei meu sonho de ser médica na Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto/SP, onde nasci. Lá estão minhas raízes. Ampliei minha formação em Clínica Médica e Nefrologia na Escola Paulista de Medicina (EPM) – UNIFESP, onde fiz Mestrado e Doutorado.

Mas foi na Universidade Federal de Alagoas, em sua tradicional Faculdade de Medicina – a primeira do estado (1950) – onde, após concurso para professor auxiliar, fiz carreira até professora titular de Nefrologia. Trabalhei no eixo Ensino/Pesquisa/Extensão durante toda a minha trajetória na UFAL, onde fixei raízes profissionais.

Dediquei-me às linhas de pesquisa em Nefrolitíase, Hipertensão Arterial, Doença Renal Crônica e Nefropatia Diabética. Para operacionalizar isso, iniciei o Grupo de Ensino em Nefrologia Integrado de Alagoas, credenciado pelo CNPq, além da Liga de Nefrologia e Hipertensão de Alagoas, credenciada pela UFAL. As ligas são as “meninas dos olhos” dos estudantes de medicina que almejam a excelência no curso médico. Lá, o estudante aprende que, ao lidar com um paciente, ele dispõe, além do indivíduo doente e da patologia, também do imensurável mistério do sofrimento humano (Papa Pio XII).

MARIA ELIETE PINHEIRO – Titular de Nefrologia da Faculdade de Medicina de Alagoas/UFAL

Criei e expandi o Centro Integrado de Nefrologia do Hospital Universitário, onde conseguimos ampliar o ensino de nefrologia para estudantes, residentes e pós-graduandos, além de propiciar o atendimento em diálise para a população do SUS em nossa região. Orientei teses na pós-graduação do curso de Nutrição da UFAL. Vários que participaram desses grupos hoje ocupam lugares de destaque no grupo de professores da nossa querida escola.

Nesta festa do Jubileu, recebo com alegria esta homenagem da medalha do Mérito Universitário, dentre as quinze personalidades escolhidas, lembrando com carinho de meu mentor, professor Nestor Schor, a quem dedico este momento in memoriam. Dedico também aos meus queridos familiares, na expressão dos meus pais e de minhas filhas, na imortalidade que elas representam para mim. As duas muito me orgulham por si sós e por continuarem me representando na carreira médica.

Agradeço a todos pelo apoio incondicional, me penitenciando pelos momentos em que estive ausente, apesar de minha mente e coração estarem sempre presentes. Este trabalho de equipe sempre me alimentou, estimulou e me fez seguir em frente junto aos meus alunos, amigos e companheiros que fiz no decorrer desta trajetória. Foi decisivo na minha carreira.

Finalmente, quero agradecer à UFAL e à nossa querida Maceió pelo acolhimento que me propiciou ter outro rincão para chamar de meu. Hoje, posso dizer que tenho “dupla cidadania afetiva”.

Gratidão é a única palavra eficiente neste momento!

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do EXTRA


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