Prendas domésticas
Estão em efervescência as indicações para cargos federais pelos componentes da bancada alagoana em Brasília. Tudo poderia ser normal em um governo que busca a coalisão em cada estado para manter sua base parlamentar. O que soa destoante são as “habilidades” dos escolhidos por deputados e senadores para ocupar cargos de natureza técnica e para os quais o Comitê de Elegibilidade do Palácio do Planalto faz uma série de exigências. A indicação beneficia sempre a família, políticos e outros agregados. Uma das indicações que vi o (a) beneficiado (a) tinha como experiência apenas em “prendas domésticas”.
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Prêmio Nobel
Por que o Brasil, mesmo com muitos apontados como favoritos, nunca ganhou um Prêmio Nobel? Os chilenos Gabriela Mistral (1954) e Pablo Neruda (1971), o colombiano Gabriel Garcia Márquez (1982) e o peruano Mario Vargas Llosa (2010) ganharam o prêmio. Em uma reunião em Estocolmo, sede do Nobel, recentemente, um jornalista brasileiro fez a pergunta a três dos julgadores e apenas um respondeu: “O Brasil é um destruidor de heróis. É o único país no mundo, que qualquer indicado recebe muitas acusações”. Agora está explicado.
Os pais do Porto
Como não poderia deixar de ser, o terminal marítimo de Maceió sustenta uma briga permanente entre o governo estadual e a prefeitura em busca da sua paternidade. Agora, se aproximando as eleições, novos e embates vão surgir, desde a indicação de novo administrador, hoje nas mãos de Arthur Lira, e até a recepção de novos navios de cruzeiros que aqui atracam. O pior é que aqui ninguém manda, pois o “dono” do nosso porto é o Rio Grande do Norte, ao qual sempre esteve subordinado.
Senador do PT
Conversei com uma das “cabeças decisórias” do PT que me confidenciou, pedindo reserva de seu nome, que categoricamente “teremos candidato próprio para o Senado Federal” e já tem até o nome, Paulão, com o apoio assegurado pelo presidente Lula. É a nossa grande chance. Aí perguntei e como fica Renan Calheiros? - “Poderá ser a nossa segunda opção, dependendo das composições. Já foi ajudado demais pelo PT”.
Desvario do vereador
Ainda se comenta nos meios políticos o desvario do vereador que propôs restrições nas relações de compra de alimentos produzidos pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Terra e os órgãos públicos do município.
São famílias de agricultores que fornecem alimentos para a maioria da população. Vários assentamentos fornecem alimentos saudáveis para os restaurantes populares, restaurantes universitários e para a merenda das crianças que estudam nas escolas públicas. Das duas uma: o cara está precisando de acompanhamento médico ou então é só bandido mesmo.
Eleição comprada
Conversava eu com um forte candidato a vereador em Maceió e lhe questionei sobre os criminosos “cadastros eleitorais”, que circulam abertamente a cada eleição, comprando votos e consciências. Vejam a reposta do tal candidato: “O cadastro virou quase que uma obrigação pra quem quer ganhar em Maceió. Ou você compra voto ou não se elege. Se o jogo fosse limpo eu acharia ótimo, mas não é, então eu danço no compasso da música. O TRE finge que fiscaliza, isso é quase um acordo e a gente finge que não está comprando votos”.
Geraldo Lessa
O prefeito de Marechal Deodoro, Cláudio Filho Cacau, ganhou um grande reforço para sua gestão com a nomeação do novo secretário de Desenvolvimento Econômico, Geraldo Lessa. Profissional de muita competência, vasta experiência em gestão pública e com um perfil altamente empreendedor. Irmão do vice governador Ronaldo Lessa, o secretário tem voo próprio e de resultados positivos. A coisa vai mudar em Marechal.
Tragédia boa
Enquanto famílias se desesperam, abandonando suas casas com a iminência de novo desastre provocado no solo de bairros em Maceió, os políticos fazem festa, por surgir novo mote para seus discursos hipócritas com acusações mútuas. Eles são sempre assim, faturam na tragédia os votos de miseráveis, atingidos pela irresponsabilidade de poderosos, que nada sofrem pelo crime cometido.
PÍLULAS DO PEDRO
Alagoas, terra das comendas e dos títulos honoríficos. Esse povo parece que não tem o que fazer.
Se aproxima a eleição e a Braskem precisa se capitalizar para bancar candi- daturas na capital. Esse é o jogo.banner
** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do EXTRA