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Alagoas vive escassez de lideranças políticas para eleições de 2022

Por 29/12/2021 - 14:37
Atualização: 30/12/2021 - 09:50

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Edvan Ferreira/Secom Maceió
Prefeito JHC
Prefeito JHC

A nove meses das eleições de 2022, Alagoas vive talvez sua maior escassez de lideranças políticas dos últimos tempos. Pretendentes a governador tem muitos, mas candidatos com chances reais de vitória não surgiu nenhum até agora.

Independentemente de Renan Filho sair ou ficar no governo até o último dia de seu mandato, o vazio político permanecerá até que sejam costurados os acordos de coxias e definidas as candidaturas majoritárias. A escassez de líderes é tanta que tem incentivado aventureiros de todos os matizes a se anunciarem como pré-candidatos ao governo e ao Senado.

O senador Fernando Collor
O senador Fernando Collor

Nesse vazio de liderança, Renan Filho vive o dilema de renunciar ao governo para arriscar uma cadeira de senador ou concluir o mandato e passar os próximos quatro anos fora do poder. Na primeira opção terá que entregar o governo à oposição e nem assim garantirá uma vaga no Senado; no segundo caso tem chance de eleger o sucessor e influenciar na disputa ao Senado.

Mesmo com um governo bem avaliado pelos alagoanos, Renan Filho arriscou seu projeto de poder ao descartar o vice-governador Luciano Barbosa e pior, subestimar o poder do fogo amigo na Assembleia Legislativa sob a liderança do deputado Marcelo Victor. Acuado, o governador agora é forçado a entregar os anéis, e até os dedos, para preservar as mãos.

Nesse turbilhão de incertezas, dois políticos de diferentes eras surgem como possíveis candidatos a governador. Os nomes de JHC e de Fernando Collor começam a povoar a mente do eleitorado como viáveis ao governo de Alagoas.

No primeiro ano de mandato, o prefeito de Maceió aparece bem nas pesquisas de intenção de voto, mas qualquer passo em falso pode interromper sua carreira política ascendente e abortar seu projeto de poder. Já o senador, que foi prefeito, governador e presidente da República, navega em águas mansas, mas também corre o risco de nadar e morrer na praia. Collor tem mais chances de continuar no Senado do que voltar ao Palácio dos Martírios de onde declarou guerra aos marajás do serviço público e chegou ao Palácio do Planalto, mas foi derrubado pelos intocáveis marajás do poder.

No meio dessa guerra pelo poder político surge Arthur Lira com seu fiel escudeiro Marcelo Victor. Com reeleição garantida em 2022, o deputado quer continuar no comando da Câmara Federal e fortalecer seu projeto de substituir a família Calheiros no comando político de Alagoas.


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