OPERAÇÃO HEFESTO

Aliado de Arthur Lira é exonerado do MEC após operação da PF em Alagoas

Investigação apura fraudes e lavagem de dinheiro na venda de kits robótica para escolas
Por Bruno Fernandes 05/06/2023 - 10:55

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Eugenio Barreto/SEDUC-SE
Alexsander Moreira é alvo da Operação Hefesto
Alexsander Moreira é alvo da Operação Hefesto

O funcionário do Ministério da Educação (MEC), Alexsander Moreira, um dos alvos da Operação Hefesto deflagrada pela Polícia Federal, foi exonerado pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta segunda-feira, 5.relacionadas_esquerda

A ação policial teve como objetivo investigar fraudes e lavagem de dinheiro na venda de kits robótica para escolas em Alagoas. A decisão de sua exoneração foi publicada no Diário Oficial da União hoje, mas entrou em vigor no dia 1º deste mês. A portaria foi assinada pelo ministro Rui Costa, da Casa Civil.

Moreira ocupava o cargo de diretor de Apoio à Gestão Educacional da Secretaria de Educação Básica do MEC, onde sua função era avaliar o cumprimento das metas do Plano Nacional de Educação (PNE) e recomendar o repasse de verbas.

O agora ex-funcionário também é apontado como um dos aliados do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). Após a deflagração da operação pela PF, ele foi afastado de suas funções.

A Operação Hefesto, deflagrada pela Polícia Federal na última quinta-feira, 1º, teve como alvo um grupo suspeito de desviar R$ 8 milhões em uma fraude praticada entre 2019 e 2022. A ação da PF ocorreu em quatro estados e no Distrito Federal, visando desmantelar a suposta organização criminosa.

Os investigadores afirmam que os equipamentos de robótica foram adquiridos para 43 municípios em Alagoas com recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).

A investigação da Polícia Federal foi iniciada a partir de uma reportagem do jornal Folha de S.Paulo, que revelou que a empresa Megalic, sediada em Maceió, cobrou cerca de R$ 14 mil por kit nas prefeituras do estado de Alagoas. No entanto, foi descoberto que a empresa adquiriu os kits por um valor significativamente menor (R$ 2.700) de um fornecedor localizado no interior de São Paulo.

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