Rui Palmeira descarta lockdown na capital: "Endurecemos o possível"

O prefeito de Maceió Rui Palmeira e o secretário José Thomaz Nonô concederam entrevista coletiva online, na manhã desta terça-feira, 26, para fazer um balanço das ações da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) no enfrentamento do novo Coronavírus.

Segundo Palmeira, é importante que a população obedeça o isolamento social cumprindo as determinações dos decretos, que apontam as medidas necessárias à diminuição dos riscos de contágio pela Covid-19. “Essa parte de Média e Alta Complexidade é mais ligada ao Governo do Estado, mas a prefeitura vem atuando de forma conjunta", explicou.

"Nós conseguimos disponibilizar leitos na Santa Casa, clínicos e de UTIs. Infelizmente, hoje esses leitos estão lotados. Por isso, sempre nosso apelo é para que as pessoas continuem nesse sacrifício do isolamento social, que é a forma de evitar esse contágio”. 

“A gente tem recebido denúncias e tem atuado também nos bairros onde detectamos o menor isolamento social e a prefeitura tem feito isso diariamente”, informou. Sobre o lockdown, Palmeira declarou que: "Já endurecemos todo o possível, o trabalho agora é de convencimento.

Já Nonô fez um levantamento do número de diagnosticados na capital. De 4 a 24 de maio, a UBS Walter de Moura Lima (Santa Amélia) atendeu a 2.450 usuários. Deste total, 1.384 estavam aptos para realizar o teste rápido, que apresentou 348 resultados positivos.

No mesmo período, a Jorge Duarte Quintela (Graciliano Ramos) atendeu a 2.230 pacientes. Deste total, 862 estavam aptos para realizar o teste rápido, que apresentou 275 resultados positivos. Adaptada para funcionar como mais uma Unidade de Referência para Síndromes Gripais, a USF do Novo Mundo contabilizou, entre os dias 20 e 24 de maio, mais de 1.200 procedimentos.

O secretário destacou ainda a abertura de mais duas unidades sentinelas previstas para os próximos dias. A primeira, que está em fase de finalização, será em Jacarecica. Já a segunda, que está em fase contratual, ficará próxima ao PAM Salgadinho, no Centro.

“É uma firme convicção da prefeitura que nós precisamos atentar para os momentos iniciais da doença […]. Algumas pessoas estão começando a ter medo de ir às unidades de saúde, porque acham que lá pega [a doença], o que não é bem assim. E às vezes estamos recebendo os pacientes já no estado avançado da doença, o que traz outro tipo de problema”,explicou Nonô.

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