DECISÃO

Justiça mantém preso empresário acusado de perseguir e ameaçar Katia Born

Carlos Miranda também virou réu por desacato e coação contra uma delegada
Por Redação 21/02/2024 - 19:05

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Redes Sociais/Reprodução
André Miranda disparou contra carro da companheira da ex-prefeita Kátia Born
André Miranda disparou contra carro da companheira da ex-prefeita Kátia Born

A justiça manteve a prisão do empresário Carlos André Cesar de Miranda por perseguição, injúria e ameaça com emprego de arma de fogo contra a ex-prefeita de Maceió e e atual secretária de Estado de Assistência Social, Kátia Born e contra a companheira dela, Mara Ribeiro, pró-Reitora de Pesquisa e Pós-Graduação da Uncisal. 

Na decisão desta terça-feira, 20, Ygor Figueirêdo também aceitou a denúncia do Ministério Público de Alagoas e tornou o empresário réu por desacato a funcionário público, além de coação contra uma delegada. Ygor Figueirêdo justificou que manteve a prisão preventiva dele porque não há indícios que demonstrem que o acusado não levará riscos às vítimas.

"As circunstâncias fáticas retratadas aduzem que o modus operandi adotado, em tese, pelo investigado, denota uma personalidade violenta e descontrolada, aqui destacada pelas ameaças", afirmou o juiz. "Além da extensão de condutas ilícitas perpetradas pelo réu em tão pouco tempo, como registrado no corpo destes autos, não se pode menosprezar o indicativo de escalonamento das ameaças, aumentando sua gravidade, verbalizando sempre uma intensa vontade de causar mal as vítimas e seus familiares".

O automóvel de Mara foi alvejado por tiros no dia 1º de fevereiro em Guaxuma, em Maceió. No mesmo dia, segundo a denúncia, ele teria proferido xingamentos contra agentes do Departamento Municipal de Transporte e Trânsito (DMTT). No dia seguinte, o empresário foi preso por dano qualificado por motivo egoístico, grave ameaça, perseguição cometida contra mulher, injúria, porte ilegal de arma e disparo em via pública, um crime inafiançável.


Após o acontecido, Kátia Born pediu medida protetiva, além de registrar queixa à Polícia Civil. Ao EXTRA, Kátia informou que desde o dia 1º de dezembro de 2023, André Miranda começou a fazer comentários homofóbicos contra ela. "Fiz um boletim de ocorrência e ele foi indiciado, mas não parou de me provocar pessoalmente", destacou, já que ambos moram próximos.

Segundo os autos, no dia 9 de janeiro de 2024, após ser notificado para comparecer a uma delegacia de polícia para prestar depoimento, Carlos André usou de grave ameaça, com o fim de favorecer a si próprio, contra uma delegada. A defesa de André pediu o relaxamento da prisão alegando que ele sofre de transtorno bipolar e é responsável pelos cuidados do pai, de 93 anos. Mas alegação não foi aceita pela Justiça.

"Não se observa qualquer situação de saúde que justifique a substituição da prisão preventiva por medidas alternativas, por prisão domiciliar ou, ainda, por remanejamento do investigado para internamento no manicômio judiciário. [...] Não restou nos autos demonstrado que o réu é o único responsável pela curatela do idoso, não demonstrando a sua imprescindibilidade na residência", explica Figueirêdo nos autos.

O EXTRA está aberto para ouvir os argumentos do empresário sobre o fato.

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