A justiça rejeitou nesta terça-feira, 19, a denúncia do Ministério Público de Alagoas (MPAL) e mandou soltar os quatro acusados do homicídio e ocultação de cadáver do jovem Richard Yuri Brito dos Santos, de 18 anos, que teve o corpo achado em fevereiro, em Marechal Deodoro, após dias desaparecido.

Mesmo com a confissão, a juíza Priscilla Emanuelle de Melo Cavalcante entendeu que há “ausência de prova de materialidade do crime”. Segundo a magistrada, não consta nos autos o laudo de exame cadavérico, comprovando que o corpo encontrado é o de Richard.

“Vale ressaltar que nem mesmo a confissão do agente é suficiente para comprovar o crime de homicídio, sendo necessário a comprovação do corpo devidamente identificado. Com efeito, sabe-se que a denúncia deva estar consubstanciada em um conjunto probatório mínimo imprescindível à constatação da necessária justa causa, não deve, em hipótese alguma, demonstrar-se temerária”, diz trecho da decisão.

Richard desapareceu na segunda-feira de carnaval e foi encontrado no dia 29 de fevereiro em uma área de mata em Marechal Deodoro. Duas pessoas foram presas, confessaram o assassinato e indicaram para a polícia o local em que o corpo de Richard Yuri estava. 

Os suspeitos disseram que atraíram o jovem para usar drogas e o mataram. O crime teve relação com o tráfico de drogas, de acordo com os presos. Os suspeitos têm 19, 21, 24 e 28 anos. Um deles confessou o crime, mas disse que não participou do assassinato e que foi coagido a participar da ocultação do cadáver.

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