PRESERVADO
CPI chega à reta final sem ouvir o CEO da Braskem sobre colapso em Maceió
Roberto Bischoff foi convocado a depor, mas não compareceu ao colegiado do SenadoCom final definido para o próximo dia 22, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Braskem chega a reta final sem ouvir o diretor-presidente da empresa. Em 28 de fevereiro, a comissão aprovou a convocação – em que a presença é obrigatória – de Roberto Bischoff. Entretanto, até a presente data o executivo não confirmou sua participação com depoimento ao colegiado.
Em dezembro do ano passado, Roberto Bischoff chegou a afirmar publicamente que “situações políticas” distorcem informações sobre o colapso em Maceió, em função de prejuízos decorrentes do afundamento de dos bairros devido à exploração de sal-gema operada pela empresa desde a década de 70, encerrada em 2021. O executivo não não especificou quais seriam as “situações políticas” relacionadas ao episódio.
Segundo lista divulgada pela comissão, Bischoff é um dos 245 membros do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social e Sustentável, ou “Conselhão”. Em seu perfil oficial do LinkedIn, o empresário afirma que no começo de 2023 assumiu a liderança da empresa, buscando impulsionar a Braskem “rumo aos seus compromissos com o desenvolvimento sustentável”.
Durante a visita a Maceió, na última quarta-feira, 8, os senadores da CPI não confirmaram a presença do presidente da Braskem em alguma das próximas sessões, mas confirmaram que será preciso rever os processos de reparação firmados entre a empresa e os órgãos públicos com as mais de 60 mil pessoas dos cinco bairros afetados pelo crime ambiental, econômico e social oriundo da exploração do minério.
A afirmação foi feita pelo presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM) que também confirmou que o relatório final será entregue no dia 15.
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