Alagoas enfrenta uma crise hídrica, com 30 dos seus 102 municípios em situação de emergência devido à prolongada estiagem. O reconhecimento oficial partiu do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) e foi divulgado em relatório do Sistema Nacional de Proteção e Defesa Civil (SINPDEC).

Senador Rui Palmeira é o mais recente município a ser incluído na lista de localidades em emergência, que já contava com outras 29 cidades, como Água Branca, Delmiro Gouveia e Palmeira dos Índios, entre outras. Estes municípios têm sofrido com a falta de chuvas, e o agravamento da situação foi confirmado pelo último relatório do Monitor de Secas.

O secretário nacional de Proteção e Defesa Civil, Wolnei Wolff Barreiros, assinou o documento que detalha a vigência dos decretos de emergência. Em municípios como Belo Monte, Estrela de Alagoas e Major Isidoro, a situação de emergência tem validade até outubro, enquanto em outros, como Batalha e Dois Riachos, o decreto expira em setembro. Algumas localidades, como Água Branca e Santana do Ipanema, mantêm o estado de emergência até o final de agosto.

Diante deste cenário, a Defesa Civil de Alagoas destacou que o Governo do Estado tem investido no Programa Mais Água, com a perfuração de mais de 800 poços, beneficiando cerca de 120 mil famílias em todo o estado.

Os municípios com situação de emergência reconhecida pela Defesa Civil Nacional podem solicitar recursos ao Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional para restabelecer serviços essenciais e reconstruir infraestrutura danificada. Esses pedidos são feitos através do Sistema Integrado de Informações sobre Desastres e, após avaliação técnica, podem ser aprovados e publicados no Diário Oficial da União.

O reconhecimento federal permite que as áreas afetadas recebam ajuda através da Operação Carro-Pipa, coordenada pelo Exército Brasileiro, que distribui água potável à população. O programa, essencial para mitigar os efeitos da seca, continuará funcionando enquanto perdurar a situação de emergência.